Dia da Saúde: profissional avalia cenário nutricional brasileiro

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O Dia Nacional da Saúde e Nutrição é celebrado anualmente no dia 31 de março e faz parte do calendário oficial do Ministério da Saúde. A data propõe uma reflexão sobre os atuais e emergentes desafios enfrentados na área. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 2003 e 2019, a proporção de obesos na população com 20 anos de idade ou mais do país mais que dobrou, passando de 12,2% para 26,8%. Em 2019, ano da última pesquisa divulgada, uma em cada quatro pessoas de 18 anos de idade ou mais no Brasil estava obesa, o equivalente a 41 milhões de pessoas. Eram 29,5% das mulheres e 21,8% dos homens.

Pensando nisso, a Nutricionista e docente do curso de Nutrição da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Amália Leonel, faz uma avaliação dos avanços em relação ao tema e o papel da nutrição e do profissional nutricionista quanto à alimentação em meio à pandemia do Covid-19.

Amália afirma que, entre os avanços nos últimos anos, pode-se citar a criação e atualização de guias alimentares brasileiros, tanto para a população adulta como para as crianças menores de dois anos, com orientações de práticas alimentares mais saudáveis. “Foi uma inovação na proposta de um semáforo alimentar, com cores de trânsito e linguagem acessível, para dialogar com a população sobre o risco do consumo habitual de produtos ultra processados, alertar quanto aos produtos processados e estimular o consumo de alimentos minimamente processados ou in natura”, destaca.

Ainda segundo Leonel, o senso crítico quanto às informações de alimentação e saúde veiculadas nos rótulos dos produtos alimentares, por exemplo, tem ganhado espaço nessa trajetória em constante atualização. “O profissional nutricionista, estando incluso nesse debate e construção pode e deve trazer elementos esclarecedores à população, diante da complexidade e insegurança do quadro que enfrentamos atualmente”, ressalta a profissional.

Nutrição e pandemia

Segundo a professora, a pandemia da Covid-19, associada às vulnerabilidades sociais brasileiras e agravamento relacionado às doenças crônicas não transmissíveis, tem exigido do profissional nutricionista um grande esforço no suporte à saúde da população. Ela afirma que esse profissional se torna indispensável nessa caminhada coletiva pelo direito à alimentação, com escolhas mais críticas, autônomas, prazerosas e sustentáveis, a partir do estímulo a habilidades culinárias, consumo de alimentos frescos, da época e locais, mais baratos.

“Que o Dia Nacional da Saúde possa aproximar esse debate da diversidade de realidades da população brasileira e abra espaço para mais conquistas diante dos desafios”, finaliza a nutricionista.

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