Dia Mundial de Combate à Tuberculose tem atenção do HMA

Cerca de 10 milhões de novos casos de tuberculose são notificados, por ano, em todo o mundo, levando mais de um milhão de pessoas à morte. No Brasil, a doença representa um sério problema de saúde pública, atingindo 70 mil pessoas, com uma taxa de óbito na casa dos 4,5 mil. Com o objetivo de conscientizar a população em relação ao impacto da tuberculose no mundo e divulgar as estratégias de prevenção e controle da doença, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em 1982, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose, em homenagem aos 100 anos do anúncio do bacilo causador da doença, ocorrido em 24 de março de 1882, pelo médico Robert Koch.

No Hospital Miguel Arraes (HMA), em Paulista, uma palestra deve mobilizar acompanhantes de pacientes internados na unidade, no próximo dia 24, às 10h. O coordenador da Clínica Médica do HMA, Fábio Queiroga, e a assistente social, Rayanne Cardona, serão os palestrantes. De acordo com o médico, a tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível, que afeta principalmente os pulmões. Pessoas com Aids, diabetes, insuficiência renal crônica, idosas doentes, alcoólatras, dependentes de drogas e fumantes são mais propensas a contrair a doença. “A transmissão da tuberculose é direta, de pessoa para pessoa. O doente lança pequenas gotas de saliva ao falar, espirrar ou tossir, e essas gotículas são aspiradas por outra pessoa”, explica dr. Fábio.

Comumente, a tuberculose é confundida com uma gripe, por exemplo, e evolui durante três a quatro meses sem que a pessoa infectada saiba. Fábio Queiroga alerta: “é nesse período que a doença é transmitida para outras pessoas. É preciso ficar atento aos sintomas da tuberculose, que vão desde a tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, até febre, rouquidão e falta de apetite”.

Para evitar a tuberculose é necessário imunizar as crianças no primeiro ano de vida com a vacina BCG, pois protege contra as formas mais graves da doença. Já o diagnóstico precoce continua sendo a melhor forma de prevenir a transmissão da doença, iniciando o tratamento adequado o mais rápido possível. Com 15 dias após iniciado o tratamento, a pessoa já não transmite mais a doença. O tratamento deve ser feito por um período mínimo de seis meses, diariamente e sem nenhuma interrupção. A prevenção inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por objetos compartilhados. O tratamento só termina quando o médico confirmar a cura total do paciente.

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