Nesta terça-feira, 02 de abril, é lembrado o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Trata-se de um transtorno caracterizado pela dificuldade na comunicação e na interação social. Essa condição leva o paciente a viver alterações de comportamento, expressas principalmente na repetição de movimentos. Por falta de conhecimento específico, muitas vezes, o paciente sofre por não ter essa condição interpretada e tratada da forma correta.
De acordo com a Neuropsiquiatra e especialista em Autismo Dra. Danielle Angelle, essa é uma data importante para que as pessoas conheçam um pouco mais sobre o transtorno e principalmente das dificuldades enfrentadas pelas famílias. “O Autismo é um transtorno que pode modificar a vida de uma família. Isso acontece porque a mãe e o pai querem sempre oferecer o melhor para o filho, mas, para isso, é necessário aprender a entender o que a criança está sentindo e necessita”, afirma.
O Autismo não faz distinção entre classe social e etnia. Os sintomas do Autismo podem aparecer já nos primeiros meses de vida, mas, o comum é que os sinais fiquem mais evidentes na criança a partir dos três anos. “Relacionar-se com uma criança autista costuma não despertar tanto interesse, justamente pela falta de informação de grande parte da população. A partir de informações direcionadas, é possível mudar essa realidade”, diz a médica.
Dependendo do quadro clínico dos pacientes, o Autismo pode ser classificado em três grupos: 1 – ausência completa de qualquer contato interpessoal, incapacidade de aprender a falar, movimentos repetitivos e deficiência mental; 2 – o portador não estabelece contato visual com as pessoas nem com o ambiente, não usa a fala como ferramenta de comunicação e tem comprometimento da compreensão; 3 – os pacientes apresentam domínio da linguagem, inteligência normal e não apresentam menor dificuldade de interação social.
A identificação do Autismo em uma criança não faz dela um fardo. Para que ela conquiste qualidade de vida é necessário um trabalho feito em parceria com um profissional. O diagnóstico correto e a forma interpessoal como cada caso é tratado, sem que haja uma generalização. “Cada realidade se apresenta de uma forma, por isso é tão importante que os pais tenham ciência disso tudo e se disponham a andar de mãos dadas em prol do bem-estar do filho”, enfatiza Danielle Angelle.
A partir do último Manual de Saúde Mental (DSM-5), que é um guia de classificação diagnóstica, o Autismo e todos os distúrbios, incluindo o transtorno autista, transtorno desintegrativo da infância, transtorno generalizado do desenvolvimento não-especificado (PDD-NOS) e Síndrome de Asperger, fundiram-se em um único diagnóstico chamado Transtornos do Espectro Autista (TEA). A partir daí, os familiares e também os profissionais precisam de mais atenção para fechar o diagnóstico.
“Um dos diferenciais da forma de tratar transtornos dessa natureza nas minhas consultas e no Centro Médico que administro é que o diagnóstico final é fechado com uma equipe multiprofissional, a exemplo Psicopedagoga, Psicóloga, além de métodos e abordagens com a criança. Isso leva tempo. A partir de então, ajudamos não somente a criança, como os pais. É importante destacar que os pais também precisam de um suporte, tudo baseado em estudos e métodos desenvolvidos por países de primeiro mundo”, completa Danielle.
Para quem necessitar de mais informações sobre o transtorno, pode entrar em contato com o Centro Médico Dra. Danielle Angelle. O espaço dispõe de atendimento multiprofissional com Terapia Ocupacional, Psicomutricista Relacional, Psicopedagoga e Psicólogos especialistas em Autismo. Ele está situado na Avenida Dr. Pedro Jordão, 600, Maurício de Nassau, Caruaru. Para qualquer dúvida ou orientação adicional, basta entrar em contato pelo número (81) 9 9229.1827.