No dia 21 de setembro, é celebrado o Dia Nacional de Conscientização do Alzheimer, uma doença que afeta cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil e registra 100 mil novos casos por ano, segundo o Ministério da Saúde. Esse cenário mostra uma preocupação cada vez maior com a doença, que tende a aumentar à medida que a população mundial envelhece. Por isso, é importante falar sobre a doença e as formas de prevenção.
O médico psiquiatra credenciado ao Cartão São Gabriel, Benedito Sandro, explica que a doença ainda não tem cura e causa perda de memória no decorrer da evolução da doença, assim como a capacidade de executar tarefas. “O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa progressiva que, na grande maioria das vezes, atinge pessoas a partir de 60 anos de idade, impactando a memória, a linguagem e a percepção do mundo. Provoca alterações no comportamento, na personalidade e no humor do paciente”, afirma.
Embora seja uma doença sem cura, existem diversos fatores de risco relacionados ao desenvolvimento da demência. “Um dos principais fatores de risco é a genética; pessoas que tenham casos de demência, como o Alzheimer, na família, têm tendência a desenvolver a doença. Além disso, outras questões, como idade, diabetes, consumo exagerado de álcool, poluição do ar, hipertensão, diabetes, falta de contato social e baixa escolaridade, também são considerados fatores agravantes ou atenuantes”, explica o profissional.
Os sintomas mais comuns da doença estão relacionados a atividades do cotidiano e passam despercebidos pelo paciente e pela família. “É comum na fase inicial que os pacientes se esqueçam de objetos, tenham dificuldade de se comunicar, esqueçam como fazer uma coisa que anteriormente eles sabiam fazer. Esses sintomas passam despercebidos pela família e estão presentes na fase inicial, e estar atento a esses sintomas é extremamente importante para o diagnóstico precoce e para iniciar o tratamento no paciente o quanto antes”, pontua.
O médico também explica que atualmente existem estudos que comprovam a existência de uma fase pré-clínica em que é possível identificar alterações no cérebro que indicam um diagnóstico de Alzheimer até 15 anos antes do surgimento do primeiro sintoma. A partir dessa fase, é possível retardar os sintomas e tratar a doença muito antes, oferecendo maior qualidade de vida para os pacientes e familiares.