A presidente afastada Dilma Rousseff deve comparecer ao Senado para se defender no processo de impeachment. A data provável é 29 de agosto, conforme roteiro acertado por lideranças partidárias em reunião nesta quarta-feira (17) com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski.
Os trabalhos serão iniciados às 9h do dia 25 de agosto e não tem hora para terminar, conforme o ministro. A intenção dele é reservar os dias 25 e 26 para a oitiva das testemunhas. “Vamos trabalhar até esgotarmos as oitivas. Ingressaremos se necessário na madrugada de sexta para sábado porque elas [as testemunhas] estarão sendo mantidas isoladas, numa quarto de hotel à disposição dos senadores. Retomaremos no dia 29, segunda-feira, com a possível presença da presidente Dilma para perguntas”, explicou.
Protesto
Os aliados de Dilma no Senado não gostaram da sistemática. Eles defenderam uma pausa no fim de semana.”Tudo indica que vai entrar no sábado e domingo. Quem acha que vai acabar na quinta e na sexta está equivocado. Vamos entrar direto no sábado e domingo para ter o interrogatório na segunda feira”, explicou Lindbergh Farias (PT-RJ).
Segundo ele, todos os senadores aliados da presidente vão perguntar, e eles não devem abrir mão das perguntas. Sobre a presença de Dilma no julgamento, Lindbergh acredita que será bom para a defesa. “O grande fato político é a vinda dela aqui. Ela é uma mulher forte que cresce na adversidade. Na nossa convicção, a verdade está do lado dela. Acho que ela vem e vai se sair muito bem”, disse.