Depois de um dia de oscilações, o dólar reduziu a alta perto do fim das negociações e fechou praticamente estável, após a arrecadação federal bater recorde em setembro e a discussão da proposta de emenda à Constituição que parcela os precatórios e muda o teto de gastos ser adiada. A bolsa de valores caiu 2,11% e quase anulou os ganhos de ontem (25), em meio à expectativa de que o Banco Central (BC) aumente o ritmo de reajuste da taxa Selic (juros básicos da economia).
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (26) vendido a R$ 5,573, com alta de R$ 0,018 (+0,32%). A cotação iniciou o dia com pequena queda e acelerou ainda pela manhã, chegando a R$ 5,60 na máxima do dia, por volta das 13h30. Em seguida, a alta perdeu força, após a divulgação do resultado da arrecadação federal no mês passado. A moeda passou a operar próxima da estabilidade após o anúncio de que a falta de acordo com partidos da oposição levou ao adiamento da discussão da PEC dos precatórios no Plenário da Câmara.
Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,33% em outubro. Em 2021, a divisa acumula valorização de 7,4%.
O mercado de ações teve um dia bem mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 106.420 pontos, com recuo de 2,11%. A divulgação de que a prévia da inflação fechou outubro em 1,2% e atingiu o maior nível para o mês desde 1995 derrubou os mercados.
Com a inflação em alta, aumentaram as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central seja mais agressivo nas elevações da taxa Selic, na reunião que começou hoje e termina amanhã (27). Juros mais altos desestimulam a aplicação em ações, investimentos de alto risco, e incentivam investimentos em renda fixa, como títulos do Tesouro Nacional, tirando dinheiro da bolsa.