‘Política, Ética e Desenvolvimento Regional’. Esse foi o tema de uma mesa redonda ocorrida na noite da sexta-feira 13, envolvendo o senador Douglas Cintra (PTB-PE) e o presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Paulo Rubem Santiago. Os debatedores analisaram os rumos e o papel da educação no país, levando em consideração o cenário da atual crise política e econômica. A programação ocorreu durante o XIV Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão (EEPE) da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Caruaru (Fafica).
Na condição de relator da Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) na Câmara Alta, o senador Douglas Cintra aproveitou a oportunidade para falar sobre a votação do Plano Plurianual 2016-2019 (PPA), da qual ele participou, em Brasília, poucas horas antes de chegar ao evento em Caruaru. Foi por sugestão de Cintra que as emendas ao PPA beneficiaram cada área de abrangência da CE. No que diz respeito à Educação, ficou definida a incorporação da proposta de universalização da Educação Infantil na pré-escola para as crianças de 4 a 5 ao Plano, em conformidade com uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE).
Ainda durante o discurso, Cintra avaliou que o Brasil apresenta avanços na área. “Se enxergarmos a Educação como uma fotografia, é verdade que veremos muitos desafios a serem enfrentados. Porém, quando enxergamos a Educação como um filme, vemos que essa área está, atualmente, bem melhor do que já foi há alguns anos”, observou. Ele também lembrou que desde os anos 90 o conhecimento tem sido a moeda de valor mais crescente no mundo. “Ao invés do capital ou dos recursos naturais, o saber tem sido a mais importante fonte de riqueza. Os países que querem se desenvolver necessitam investir urgentemente em Educação”.
Cintra também fez questão de ressaltar a importância do papel do educador enquanto agente fundamental para a construção de um novo país. “O professor é a essência da Educação. Tanto os alunos quanto a sociedade, de um modo geral, precisa ter essa consciência”, comentou.
Já o presidente da Fundaj, Paulo Rubem Santiago – que também é professor universitário – direcionou sua fala principalmente sobre a atual crise política e econômica, comentando que a situação não é tão alarmante quanto apregoada pela grande mídia. Ele ainda apontou a corrupção e a sonegação fiscal como prejudiciais para a economia brasileira. “Tanto a corrupção quanto a sonegação são ações arquitetadas que hemorragiam as contas públicas visando ao acúmulo de riquezas particulares”, disse.
Os palestrantes também responderam a questionamentos de alunos e professores da instituição de ensino superior. Mais de 500 pessoas participaram do evento. O coordenador do XIV EEPE, professor José Adilson Filho, classificou o evento como “um sucesso de público e de qualidade”.