O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a imprensa espalhou a sensação de pavor na divulgação de informações sobre o covid-19 e criticou governadores por medidas de prevenção à disseminação do vírus.
“Devemos sim voltar à normalidade. Algumas poucas autoridades estaduais e municipais devem abandonar o conceito de terra arrasada, a proibição de transportes, o fechamento do comércio e o confinamento em massa”, disse ele em pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, nesta terça-feira (24). “Por que fechar escolas?”, questionou ele.
Segundo o presidente, o grupo de risco é o das pessoas acima de 60 anos e raros são os casos fatais. Bolsonaro, que completou 65 anos no último dia 21, tornou a minimizar a possibilidade de contrair o vírus. “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar. Nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho, como bem disse aquele conhecido médico daquela conhecida televisão”, ironizou o presidente em referência ao médico Dráuzio Varella.
O chefe do Executivo disse que o sinal amarelo foi aceso desde que o governo resgatou brasileiros de Wuhan, na China, e o país começou a se preparar para enfrentar o coronavírus. “O que tínhamos que conter naquele momento era o pânico, a histeria e, ao mesmo tempo, traçar a estratégia para salvar vidas e evitar o desemprego em massa”, disse ele.
Bolsonaro voltou a citar medicamento cloroquina, que não tem eficácia comprovada para tratamento do novo coronavírus. “O FDA amaricano e o Hospital Albert Einstein, em São Paulo, buscam a comprovação da eficácia da cloroquina no tratamento do covid-19. Nosso governo tem recebido notícias positivas sobre esse remédio fabricado no Brasil, largamento utilizado no combate à malária, ao lúpus e à artrite”, disse ele.