Empresa de Eduardo Cunha teria realizado operações fraudulentas 

A Procuradoria-Geral da República enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um relatório contendo informações sobre operações financeiras suspeitas realizadas por uma empresa de comunicação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e de sua esposa, a jornalista Claudia Cruz. O documento – obtido pelo jornal Folha de S. Paulo – faz referência à C3 Produções Jornalísticas, que não tem funcionários registrados desde 2002.

No registros, Cunha aparece como sócio da empresa, com uma participação de R$ 840 mil – mais da metade de todo o seu patrimônio declarado à Justiça Eleitoral em 2014. O relatório da procuradoria informa que, entre dezembro de 2013 e novembro de 2014, a C3 Produções Jornalísticas foi objeto de três comunicações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) por transações suspeitas no valor total de R$ 268 mil.

“As comunicações foram motivadas pela realização de operações que, por sua habitualidade, valor e forma configuram artifício para burla da identificação da origem, do destino, dos responsáveis ou beneficiários finais”, diz o documento.

Os investigadores ilustram como se configurava a “tentativa de burla aos controles estabelecidos” pelo Banco Central. Em dezembro de 2013 foram identificadas 13 transações fracionadas no total de R$ 128,7 mil, e em junho de 2014, outras oito transações fracionadas que somavam R$ 79,9 mil.

Na última sexta-feira (8), Eduardo Cunha criticou os chamados “vazamentos seletivos” de informações contra ele. Por meio de nota, o presidente da Câmara disse que seu patrimônio apresentou perda de R$ 185 mil entre 2011 e 2014.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *