O primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) trouxe questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. Segundo professores, do ponto de vista geral, a prova não apresentou um nível de dificuldade muito grande, mas algumas questões exigiram que o candidato mobilizasse alguns conhecimentos que não eram esperados.
O coordenador da Assessoria de História, Filosofia e Sociologia do Sistema Positivo de Ensino, Norton Frehse Nicolazzi Junior, conta que a prova se manteve um pouco conservadora, evitando temas polêmicos, mantendo a estrutura do Enem dos últimos anos, mas com uma menor variedade de textos base, apresentando maior predominância de textos acadêmicos. “Percebemos alguns temas atuais e, principalmente, uma maior interdisciplinaridade na prova, com questões abordando mais de uma área ao mesmo tempo”, expõe ele.
Segundo o professor, a prova falou muito de Direitos Humanos, algo já recorrente no Enem, e o que foi um pouco inesperado foi um enfoque bem grande sobre a Colonização, trazendo questões sobre religião de diferentes formas. “No componente de História, tivemos muitas questões sobre Idade Média, fugindo um pouco do perfil do Enem. O que nos chamou atenção foi a ausência de questões relacionadas à Era Vargas”, conta.
“Como esperado, a seleção das questões deste ano buscou um viés que não gerasse muita polêmica. Esse pode ser o motivo de não termos tantas questões relacionadas à contemporaneidade, trabalhando guerras – apesar de ter aparecido, por exemplo, o tema Holocausto – e esse enfoque em assuntos mais antigos evita os temas políticos polêmicos atuais”, interpreta Nicolazzi.
Professores do Sistema Positivo de Ensino realizaram o Enem e, em seguida, corrigiram e comentaram as provas na internet. O conteúdo da transmissão e o gabarito extraoficial do primeiro dia de prova pode ser acessado no link: http://conteudo.ensinopositivo.com/gabarito-enem-2019.