Engenheiro Civil destaca cuidados para prevenir impactos do excesso de chuva na estrutura dos imóveis

A chegada do inverno em Pernambuco vem causando um volume intenso de chuvas em diversas regiões do Estado e, em maio, o quantitativo já superou todo o acumulado previsto para o mês, segundo o Boletim Pluviométrico da Agência de Águas e Clima de Pernambuco (APAC). De acordo com o levantamento, Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, registrou o equivalente a 128,3 % da média esperada para o período, enquanto em Caruaru, no Agreste, algumas localidades chegaram ao acumulado de 127%.

Neste período chuvoso, a água acumulada em coberturas mal executadas, infiltrações em lajes e a falta de drenagem adequada do solo podem comprometer a estrutura das edificações, levando a colapsos parciais ou totais dos imóveis. “Em áreas onde a construção é feita de maneira informal ou sem acompanhamento técnico, a ausência de um bom projeto pode gerar sérios riscos, como alagamentos, erosões e deslizamentos. Por isso, é fundamental ter um bom planejamento estrutural, a fim de garantir a segurança, estabilidade e longevidade das moradias”, explica o engenheiro civil e gerente executivo industrial da Viana e Moura Construções, Diego Siqueira.

É muito comum que as infraestruturas urbanas também sejam afetadas pelo aumento das chuvas, sendo necessário atentar-se ainda à implantação adequada de galerias pluviais, pavimentação, muros de contenção e contenção de encostas. O profissional ressalta que o tempo age de forma contínua sobre as edificações, resultando geralmente em infiltrações, corrosão de materiais e surgimento de fissuras, o que contribui para a degradação prematura das construções.

A sondagem dos solos, instalação de um bom sistema de drenagem, impermeabilização de áreas molhadas e execução de contenções são os principais cuidados a serem adotados desde o momento da construção. “A manutenção preventiva e ações como limpeza periódica de bueiros e galerias, reparos de pavimentação, revisão de telhados e calhas antes do período chuvoso também contribuem para a diminuição dos riscos de segurança e os custos para a correção. Além disso, atentar-se a manchas de umidade, fissuras, dificuldade ao abrir e fechar portas e janelas podem ser sinais que a moradia precisa de uma avaliação técnica”, finaliza o especialista.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.