A Federação Internacional de Jornalistas (IFJ) criticou nesta segunda-feira (07) o governo de Israel por anunciar que fechará os escritórios da rede de TV Al Jazeera em Jerusalém, gesto que a organização considera uma “caça às bruxas”. A informação é da agência de notícias EFE.
“A decisão das autoridades israelenses de fechar os escritórios Al Jazeera em Jerusalém e retirar as credenciais dos seus jornalistas sob uma acusação geral de apoiar a violência é um ataque à liberdade de imprensa e à liberdade da informação”, declarou o presidente da IFJ, Philippe Leruth, em comunicado.
O ministro da Comunicação de Israel, Ayoub Kara, declarou ontem (6) a intenção de fechar as representações da Al Jazeera depois que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu acusou este meio de comunicação de “incitar à violência”, decisão condenada pela emissora do Catar.
Segundo a IFJ, as autoridades israelenses podiam ter exercido o “direito a réplica” no caso de considerar que “alguma informação difundida pela Al Jazeera era errônea”.
“Ao decidir não fazer isto e, por outro lado, se somar à campanha internacional contra a Al Jazeera, [as autoridades israelenses] dão a impressão de que o que querem é silenciar uma voz que não os agrada, o que é contrário aos valores democráticos que representam”, acrescentou a Federação.
A IFJ destacou que o Sindicato de Jornalistas Palestino, filiado a eles, denunciou que a decisão de Israel é “uma grave violação da liberdade de expressão e do direito dos jornalistas a trabalhar”.