Duas produções de Caruaru foram premiadas na terceira edição da Orocine, a Mostra Orobó de Cinema. Ao todo, 15 filmes receberam prêmios por terem se destacado em uma das categorias. A cerimônia de premiação encerrou o evento que foi realizado, de forma híbrida, de 04 a 10 de abril. No site (mostraorocine.com.br), é possível conferir os 44 filmes selecionados até hoje, dia 13 de abril.
A produção caruaruense “A Botija, o Beato e a Besta-fera”, de Tulio Beat, recebeu menção honrosa; já “Açude n° 50”, de Wagner Ferreira e Paulo Conceição, foi considerado como a Melhor Produção da Orocine. Em cada mostra competitiva foi escolhido o melhor filme. Na Mostra Luar do Sertão, o vencedor foi “A Tradicional Família Brasileira Katu”, de Rodrigo Sena; Na Contramão, foi “Correria”, de Liliana Mont Serrat; na Mostra Acessibilidade, o melhor foi “Curva Sinuosa”, de Andréia Moreira Pires; em Brincadeiras de Roda foi o curta “Capitão Tocha”, de Matheus Amorim; e na Mostra Serra Verde, “Ewé de Òsányín: o Segredo das Folhas”, de Pâmela Peregrino, foi considerado o melhor.
As outras sete categorias premiaram aspectos técnicas dos filmes. Igor Pimentel e Rosielle Machado receberam o prêmio de melhor Direção por “Adeus, Carnaval de Olinda”. O Melhor Roteiro ficou com Felipe dos Santos, por “Quintal Verde”. “Madeira de Lei”, de Kalor Pacheco, conquistou dois prêmios: melhor Fotografia e melhor Atriz. Melhor Direção de Arte foi para Bako Machado, por “Jaguamérica”; e Melhor Ator, Mestre Martelo, por “Da Boca da Noite à Barra do Dia”. A criatividade e experimentação narrativa no uso dos recursos de acessibilidade em “Kikazaru”, de Matheus Cabral, fez com que o filme levasse uma menção honrosa também.
Uma categoria ainda não tem o Melhor Filme, é o de Júri Popular. No site, as pessoas podem votar até o dia 13 de abril. O filme que tiver mais voto ficará com o prêmio.
Homenagem – A edição deste ano valorizou a cultura local, representada por cantadores e violeiros, homenageando Raimundo Sanfoneiro e Biu Moura. A III Orocine teve atividade presencial e virtual. Escolas públicas receberam oficinas e sessões itinerantes de filmes. O Salão Paroquial, que funciona no prédio do antigo cinema da cidade, sediou exibição de filmes e uma das prosas, fomentando o debate sobre a produção de filmes no interior pernambucano. Mas também teve debate e oficinas que aconteceram no ambiente virtual. E neste ambiente a mostra ainda não acabou. Até o dia 13 de abril é possível conferir todos os filmes que foram selecionados para a edição de 2022.
Para Carlos Kamara, organizador da Mostra, foram muitos desafios este ano. Fazer o evento de forma híbrida, enaltecendo a força do cinema do Interior, e fazer com que o cinema volte a encantar as pessoas. Algumas atividades da Orocine foram realizadas no antigo cinema da cidade e a ideia é “Reacender esse espaço que existia e hoje funciona como ponto de apoio da igreja católica, mas que ele pode ser um espaço de cultura”, destacou Kamara.
A III Orocine contou com o incentivo da Lei Aldir Blanc, através da SECULT-PE e teve a coprodução com a Maat Produções, patrocínio da Prefeitura Municipal de Orobó e apoio cultural da Reserva Serra Verde.
Premiação da III Orocine 2022 – Mostra Orobó de Cinema
Site https://mostraorocine.com.br/
Mostra Orocine – Essa força que vem do interior
A Mostra Orocine sempre procura buscar os valores da nossa terra como representatividade da força que vem do interior. O nosso marco zero é Orobó.
mostraorocine.com.br
MENÇÕES HONROSAS
A produção de A Botija, o Beato e a Besta-fera, de Tulio Beat
Kikazaru, de Matheus Cabral
MELHOR FILME MOSTRA LUAR DO SERTÃO
A Tradicional Família Brasileira Katu, de Rodrigo Sena
MELHOR FILME MOSTRA NA CONTRAMÃO
Correria, de Liliana Mont Serrat
MELHOR FILME MOSTRA ACESSIBILIDADE
Curva Sinuosa, de Andréia Moreira Pires
MELHOR FILME MOSTRA BRINCADEIRAS DE RODA
Capitão Tocha, de Matheus Amorim
MELHOR FILME MOSTRA SERRA VERDE
Ewé de Òsányín: o Segredo das Folhas, de Pâmela Peregrino
MELHOR FILME MOSTRA FORÇA INTERIOR
Da Boca da Noite à Barra do Dia, de Tiago Delácio
MELHOR DIREÇÃO
Igor Pimentel e Rosielle Machado, por Adeus, Carnaval de Olinda
MELHOR PRODUÇÃO
Açude n° 50, de Wagner Ferreira e Paulo Conceição
MELHOR ROTEIRO
Felipe dos Santos, por Quintal Verde
MELHOR FOTOGRAFIA
Kalor Pacheco, por Madeira de Lei
MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Bako Machado, por Jaguamérica
MELHOR ATOR
Mestre Martelo, por Da Boca da Noite à Barra do Dia
MELHOR ATRIZ
Kalor Pacheco, por Madeira de Lei