Fisioterapeutas são capacitados para atuação em todas as áreas de Atenção à Saúde

O Dia Mundial Da Fisioterapia, comemorado nesta sexta-feira (08), visa promover a união e a solidariedade da comunidade global de Fisioterapia, alinhando os valores profissionais da classe, não deixando de lado as especificidades locais na luta pela profissão. A profissional Maria Fernanda Marinho, coordenadora do curso de Fisioterapia da Faculdade Integrada CETE – FIC, em Garanhuns, agreste meridional de Pernambuco, destaca a construção da profissão do fisioterapeuta, que teve início no campo da reabilitação (quando o paciente já tem alguma necessidade de encaminhamento para a recuperação), mas evoluiu para a atuação em todas as áreas de Atenção à Saúde – que trabalha com a prevenção, promoção e recuperação da Saúde.

 

A fisioterapeuta  Maria Fernanda Marinho apresenta as especialidades possíveis de atuação para quem se forma em Fisioterapia: aquática, cardiovascular, dermatofuncional, esportiva, do trabalho, neurofuncional, respiratória, em gerontologia, em oncologia, traumato-ortopedia, em osteopatia, em quiropraxia, em saúde da mulher, em acupuntura, em terapia intensiva. “É um campo de atuação muito amplo. O papel do fisioterapeuta foi, inclusive, fundamental durante e após a pandemia da Covid-19, com relação à questão respiratória, o que refletiu na alta da demanda do mercado de trabalho e consequentemente na busca pela formação na área”.

 

Sobre a forma preventiva de atuação, a coordenadora do curso de Fisioterapia da FIC explica a condição do idoso como exemplo. “O fisioterapeuta pode identificar fatores que podem condicionar alguma alteração futura, sendo assim possível melhorar a qualidade de vida do paciente antes mesmo que ele desenvolva qualquer condição. Todo idoso vai ter alguma alteração fisiológica, com redução de força, elasticidade e equilíbrio. Em casos de queixas de dores, desequilíbrios e outras alterações ocasionadas em decorrência do envelhecimento, é possível melhorar a condição muscular e o equilíbrio. Isso pode evitar acessos de quedas e fraturas, no futuro, o que seria algo bem mais complexo de ser tratado”.  

 

Outro exemplo que a profissional traz é o da gestante. “A mulher pode ter a musculatura preparada para a passagem do parto, além de toda a consciência corporal necessária para que tenha maior probabilidade de seguir com o parto natural”. No entanto, em todos os casos de necessidade (em geral), é importante ficar atento para a busca do atendimento biopsicossocial, que acontece de forma multidisciplinar (com o envolvimento de vários profissionais), como também explica Maria Fernanda Marinho. “É preciso estar atento a todos os contextos da vida do paciente, por isso a necessidade desse trabalho em conjunto, muitas ou na maioria das vezes, pois há pessoas com a mesma patologia, mas que trazem individualidades”.

 

Por serem profissionais de primeiro contato, sem a necessidade de encaminhamento médico, os fisioterapeutas podem ser procurados de forma direta pelos pacientes. No entanto, a maioria dos casos provêm de encaminhamentos, o que não é obrigatório. Um dos profissionais que trabalha de forma multidisciplinar com o profissional da Fisioterapia é o médico ortopedista, uma vez que há uma significativa importância da fisioterapia para o tratamento de lesões da coluna e de doenças degenerativas, por exemplo. “A fisioterapia atua diretamente na reabilitação física da musculatura, dos ligamentos e das articulações, tornando assim mais fácil a recuperação do paciente e o retorno às suas atividades”, como destaca o especialista em doenças da coluna Thiago Pedro – com atendimento no SEOT (Santa Efigênia Ortopedia e Traumatologia), em Caruaru, agreste de Pernambuco. 

 

O Dia Mundial Da Fisioterapia, instituído em 1996, homenageia a fundação da World Confederation of Physical Therapy (WCPT), atual World Physiotherapy – organização global com o objetivo de promover a profissão de fisioterapia e contribui para melhorar a Saúde em todo o mundo.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.