De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a fibromialgia (FM) é uma síndrome que atinge pelo menos 5% dos pacientes que vão a um consultório médico e em 10 a 15% dos pacientes que vão a um consultório de reumatologia.
“A fibromialgia se manifesta com dores no corpo, principalmente na musculatura. Junto com a dor, surgem a fadiga, o sono não reparador (a pessoa acorda cansada) e outros sintomas como alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais”, afirmou a reumatologista Júlia Carone.
Segundo os dados da SBR, de cada dez pacientes com fibromialgia, sete a nove são mulheres. “A idade de aparecimento da fibromialgia é geralmente entre os 30 e 60 anos. Porém, existem casos em pessoas mais velhas e também em crianças e adolescentes”, destacou a médica.
A reumatologista explicou, ainda, que a doença pode surgir após algum trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave. “Os pacientes com fibromialgia apresentam uma sensibilidade maior à dor do que outras pessoas. É como se o cérebro ativasse um “botão desregulado” e a dor aumentasse”, explicou.
A médica ressaltou que a síndrome não traz deformidades ou sequelas nas articulações e músculos, mas os pacientes apresentam uma má qualidade de vida. “Para aliviar as dores, o paciente deve fazer exercícios aeróbicos, que são tão importantes quanto o tratamento com as medicações. Além disso, é interessante procurar uma terapia psicológica, principalmente para aprender a lidar com a dor crônica no dia a dia”, lembrou.
A médica alerta que é importante uma medicação indicada pelo reumatologista. “As medicações são úteis para diminuir a dor, melhorar o sono e a disposição para a prática de exercícios físicos. É importante verificar o remédio adequado, para não prejudicar a saúde”, finalizou.