Nesta semana, está sendo concluída a primeira formação continuada do ano para agentes socioeducativos que atuam em Pernambuco. A atividade tem o objetivo de fomentar reflexões sobre temáticas relacionadas à rotina de trabalho nas unidades da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase), levando em conta a legislação de defesa da criança e do adolescente. As aulas estão ocorrendo em tempo integral, na modalidade virtual, como medida preventiva ao novo coronavírus. Entre os 37 participantes, há agentes que já trabalham na instituição e outros recém-convocados para unidades do Grande Recife e do Interior do Estado.
A formação, com 80 horas/aula, é realizada em uma plataforma virtual disponibilizada pelo Centro de Formação dos Servidores e Empregados Públicos de Pernambuco (Cefospe), responsável pela certificação do conteúdo. Os agentes socioeducativos participam dos módulos “Desenvolvimento Comportamental”, “Projeto Político-Pedagógico”, “Ética Profissional e Direitos Humanos”, “Procedimentos Operacionais” e “Procedimentos Correcionais”. As aulas são ministradas pelas servidoras Socorro Bezerra e Anny Sales e pelos servidores Luiz Filipe Freire, Alexandre Cruz e Alexandre Raimundo. A coordenação é da psicóloga Marineide Batista.
Em palavra aos alunos participantes, a superintendente-geral de Gestão do Trabalho e Educação da Funase, Nadja Oliveira, lembrou que, desde 2018, quando passou a haver a parceria com o Cefospe, as capacitações introdutórias e formações continuadas voltadas aos agentes socioeducativos passaram a ter um modelo com mais conteúdos. “Buscamos oferecer um conjunto de temáticas que geram reflexões muito necessárias para a rotina do socioeducador, destacando a responsabilidade e a humanidade. Desejamos que vocês aproveitem esta oportunidade para contribuir com esse conhecimento, a partir da prática diária”, enfatizou.
Após a conclusão do conteúdo, os agentes socioeducativos precisam atingir a média em uma prova disponibilizada online. Se não tiverem nenhuma falta e obtiverem bom aproveitamento nas aulas, têm direito a certificado. A previsão é de que outras sete turmas da formação continuada sejam promovidas ao longo de 2021. “Além de focar no trabalho dos agentes socioeducativos, essa é uma capacitação que prioriza os pontos mais importantes da atividade profissional de quem milita na socioeducação como um todo. Então, as discussões geradas são muito pertinentes na busca pela melhoria e consolidação de boas práticas”, declarou.
A agente socioeducativa Vera Pereira já havia trabalhado na Funase em outro momento. Agora, de volta à instituição, surpreendeu-se com a qualidade da formação ofertada. “Eu havia feito uma capacitação em 2013 e, agora, sem dúvida, participando novamente, fico feliz em ver que houve várias mudanças. A instituição está de parabéns pelo nível dos debates propostos”, disse.
Outro agente que deixou sua avaliação foi Iran Santos, que falou da valorização desses profissionais e do conhecimento. “Precisamos valorizar os saberes. Propomos, inclusive, que os cursos aconteçam em um espaço de tempo mais curto, pois essas discussões dialogam diretamente com nosso trabalho. É um gesto de valorização e de intelectualização que deve continuar”, opinou.