O Covid-19 ainda representa um campo incerto no mundo. No Brasil, não se conseguiu ainda ter, de forma clara, uma leitura de como o vírus se comporta e seu potencial de letalidade nos diferentes grupos. Prova disso é que o Ministério da Saúde, nos últimos dias, incluiu gestantes e puérperas (fase pós-parto) como grupo de risco, orientando que todas as medidas sejam adotadas, a fim de evitar agravamentos.
A condição gravídica leva a imunossupressão fisiológica, o que desperta um cuidado especial. As evidências científicas são poucas e as poucas existentes, são dinâmicas, passando por modificações a cada momento. É o que traz a enfermeira obstetra, pedagoga e professora do curso de Enfermagem da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Nayara Sousa, que explica ainda que gestantes e puérperas devem manter o isolamento social, reforçar as medidas de higienização das mãos, ao precisar sair, devem utilizar máscara e fortalecer o sistema imunológico.
“O pré-natal deverá ser mantido, assim como o aleitamento materno. Mulheres que amamentam com testagem positiva para COVID-19, devem realizar o aleitamento, utilizando máscara e lavando as mãos constantemente. Não existem relatos de presença do vírus no leite materno. Caso a puérpera não consiga realizar o aleitamento devido a um estado de letargia provocado pela doença, poderá ser realiza a ordenha do leite e ofertado posteriormente”, destaca a enfermeira.
Nayara ainda ressalta que todas as gestantes devem ficar atentas a qualquer sinal de tosse seca, febre e falta de ar (ainda que leve ou moderada), e buscar uma unidade de saúde imediatamente para avaliação. “Destacamos a importância de manter a calma nesse momento. O período gravídico é uma fase de diversas alterações físicas e emocionais. Mas, também um momento desejado por muitas mulheres, o qual deve ser vivenciado em sua plenitude. Com todos os cuidados realizados, poderá se garantir uma gestação e parto tranquilos e seguros”, conclui a profissional.