Em Gravatá, governador e ministros garantem recursos para combater Aedes aegypti 

O encontro, que aconteceu entre o governador de Pernambuco, Paulo Câmara, mais de 150 prefeitos do Estado, e os ministros da Saúde e Integração Nacional, Marcelo Castro e Gilberto Occhi, respectivamente, também contou com a presença do representante do Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch, e do secretário nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira Júnior.
 

 
Na oportunidade, o chefe do executivo anunciou o investimento de R$ 25 milhões nas ações. O valor será dividido entre a compra de equipamentos, campanha de divulgação e estruturação de centros regionais de atenção à microcefalia.
 
Este ano, Pernambuco registrou o maior número de casos de microcefalia (646), sendo o primeiro a identificar aumento em sua região. Os outros Estados que apresentam o maior número de casos foram: Paraíba, Rio Grande do Norte, Sergipe, Alagoas, Bahia, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão, Goiás, Mato Grosso do Sul, e Distrito Federal.
 
Durante o evento, Paulo Câmara destacou que convocou os prefeitos para pôr fim ao surto. “Este é um momento de esclarecimento, muito trabalho e acima de tudo união nacional. Diante do quadro que o Estado está vivendo não vamos medir esforços para combater o mosquito e enfrentar a situação. As famílias que estão vivenciando este problema poderão contar com apoio integral de Pernambuco”, reforçou o governador.
 
Marcelo Castro, Ministro da Saúde, se referiu ao encontro como histórico e, na ocasião, garantiu que não faltarão recursos para o combate à doença. Castro pediu ainda que a sociedade se mobilize nesta ação e não descanse nem por um minuto. “Este é um dever dos governantes, da sociedade, das escolas, das igrejas. O Aedes Aegypti é o inimigo número um do país. Vamos acabar com ele”, disse.
 
De acordo com o secretário estadual de Saúde, Iran Costa, os números de casos de dengue, vírus zika, e chikungunya aumentaram 176% em relação ao ano passado. Para mudar esta realidade, o secretário apresentou uma força tarefa pedindo a colaboração dos municípios, instituições privadas, entidades religiosas e convocando toda a sociedade.
 
As medidas incluem mobilização social, sensibilização da população, assistências ás crianças e familiares com casos de Microcefalia. “Estamos discutindo o conjunto de forças políticas para eliminar de vez esta situação. Pernambuco e o país estão vivendo um fato inédito, uma questão de saúde pública que merece nossa total atenção. Se o mosquito pode matar, ele não pode nascer. Precisamos do empenho de todos nesta causa e, para isso, não mediremos esforços”, afirmou.
 
MICROCEFALIA – É uma doença em que a cabeça e o cérebro das crianças são menores que o normal para a sua idade o que, consequentemente, influencia no desenvolvimento mental do bebê. A doença é grave e não tem cura. A criança que a possui pode precisar de cuidados por toda a vida sendo, portanto, dependente para comer, se mover e fazer suas necessidades.

Até o momento, Pernambuco notificou 646 casos de Microcefalia. Desses, 211 atendem aos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS)

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *