No aniversário de 48 anos da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), a governadora Raquel Lyra lançou, nesta terça-feira (17), a Plataforma Ecológico-Econômica de Pernambuco. A ferramenta utiliza avançada tecnologia de coleta, integração e análise de dados geoespaciais, fornecendo ao cidadão informações ambientais atualizadas e precisas sobre o território pernambucano, facilitando o desenvolvimento de empreendimentos e preservando o meio ambiente. Durante o evento, a gestora também assinou um termo de intenção de convênio com o Centro de Tecnologias Estratégicas (Cetene), ligado ao Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, para implantação de três iniciativas no Estado que fazem uso de Inteligência Artificial (IA).
“Juntamos diversas camadas nesta plataforma, que é pioneira no Brasil e permite enxergar as áreas ambientais, com estudos de solo e de clima para cada uma de nossas regiões. Este é um presente desenvolvido em parceria com a Universidade Federal da Bahia, e que está disponível para todos que quiserem acessá-la. Quero parabenizar todos da CPRH, que faz aniversário de 48 anos hoje. Pernambuco agora reúne num só local todas as informações dos nossos biomas, de tudo aquilo que é necessário para tomar decisões voltadas à proteção do meio ambiente”, destacou a governadora Raquel Lyra.
Com a Plataforma Ecológico-Econômica de Pernambuco, cidadãos, entidades da sociedade civil, representantes do setor público e empreendedores encontrarão mapas e dados ambientais para subsidiar processos de tomada de decisões, bem como obter informações transparentes e precisas sobre as regiões, o que proporcionará maior dinamicidade nos processos envolvendo o órgão ambiental estadual.
A ferramenta, disponível gratuitamente no link https://plataformaecope.cprh.pe.gov.br/, possui cinco módulos: Uso e Cobertura Vegetal; Estado de Conservação das Espécies Nativas; Unidades de Conservação; Paisagens – configuração espacial dos remanescentes vegetais; e Licenciamento Ambiental.
Para a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas-PE), Ana Luiza Ferreira, a plataforma vai facilitar não somente a pesquisa e a transparência dos dados ambientais de Pernambuco, mas também o licenciamento ambiental. “Precisamos ter essa base de dados para fundamentar o porquê daquela localização não ser a ideal e indicar outras localizações com impacto menor. Uma plataforma que está sendo construída em parceria com outras secretarias do Governo do Estado e também com o MapBiomas, uma das bases de dados de informações sobre o meio ambiente mais reconhecidas do Brasil”, comentou.
O diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta, reforça que a gestão ambiental de Pernambuco passa a ter um novo formato a partir da plataforma. “Esta é uma ferramenta moderníssima, com muitos elementos que facilitam a vida do usuário, da sociedade e do Governo do Estado. Ela atende a todas as secretarias com informações geoespaciais de Pernambuco, de todos os municípios, e isso vai simplificar muito, não só o licenciamento, mas também a vida dos empreendedores quando vierem se instalar. Isso porque, através da plataforma, eles poderão ter uma realidade daquela área que querem se instalar, simplificando muito e evitando desgastes”, comemorou José de Anchieta.
Já o convênio assinado pelo Governo de Pernambuco e o Centro de Tecnologias Estratégicas (Cetene) conta com transferência de tecnologia ao monitoramento automático dos principais rios pernambucanos, com sensores que monitoram a temperatura, pH e turbidez dos corpos de água; a produção, monitoramento e plantio de árvores nativas de Pernambuco com risco de extinção; e o monitoramento dos microplásticos nas Unidades de Conservação do Estado.
De acordo com Marcelo Carneiro Leão, diretor da Cetene no Nordeste, três ações serão desenvolvidas em parceria com a CPRH. “Duas envolvem recomposições de biomas, uso dos nossos laboratórios de biotecnologia e da nossa biofábrica para fornecer insumos e plantas para dois grandes projetos de recomposição de biomas da SEMAS-PE. A outra é uma transferência de tecnologia de uma startup, conectada com centro, voltada para o monitoramento da qualidade de água, de temperatura, de turbidez e de oxigênio dissolvido. Também serve para monitorar nossos rios e propriedades que utilizam mananciais de água para criação de peixe e camarão, por exemplo”, pontuou.
Foto: Janaína Pepeu/Secom