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O presidente Donald Trump anunciou nesta quarta-feira (11) que seu governo está considerando proibir produtores para vaporizadores com sabor depois do aumento de problemas pulmonares graves que resultaram em pelo menos seis mortes nos Estados Unidos. “Está causando muitos problemas”, disse o presidente a jornalistas na Casa Branca, onde esteve acompanhado do secretário de saúde, Alex Azar, e o chefe interino da agência de medicamentos e alimentos, a FDA, Norman Sharpless.
Trump acrescentou que a primeira-dama, Melania Trump, participou nas discussões porque “tem um filho… está muito decidida em relação a isso”. Azar disse que ainda faltam várias semanas para que se publique a nova instrução sobre a venda de recargas saborizadas para cigarros eletrônicos.
A FDA se encarregou em 2016 de regular a comercialização dos sistemas eletrônicos de fornecimento de nicotina, incluindo os cigarros eletrônicos ou vaporizadores, e têm a autoridade de exigir que se retirem dispositivos ou produtos associados.
Além das seis mortes, mais de 450 pessoas que informaram ter consumido nicotina, produtos de maconha ou ambos nesses dispositivos, adoeceram nos últimos meses, com sintomas que incluem dificuldade para respirar e dor no peito. Alguns tiveram que ser hospitalizados e receber assistência respiratória.
Vários adolescentes foram induzidos ao coma, incluindo um cujos médicos disseram que, caso se recupere, poderá precisar de um trasplante de pulmão. Os vaporizadores são comercializados nos Estados Unidos desde 2006 e frequentemente são usados como ajuda para parar de fumar cigarros tradicionais, mas também são muito populares entre os adolescentes, em quem os fabricantes miram com sabores de frutas e doces.
Cerca de 3,6 milhões de estudantes do ensino médio usaram vaporizadores em 2018, um aumento de 1,5 milhão em relação ao ano anterior. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) americanos têm pedido às pessoas que deixem de vaporizar enquanto não se conheçam os resultados das investigações em curso.
As autoridades federais ainda não identificaram uma só substância comum a todos os casos, mas o Departamento de Saúde de Nova York está concentrando sua investigação nas recargas de maconha vendidas clandestinamente que contêm óleo de vitamina E, prejudicial ao se inalada.
A FDA advertiu nesta segunda-feira a fabricante de cigarros eletrônicos JUUL, líder do mercado, que deixe de se anunciar como uma alternativa menos prejudicial ao tabagismo, e o acusou de ter infringido a lei em sua comercialização.