Na manhã de ontem (16), o Ministério da Saúde divulgou o plano de vacinação da população brasileira contra a Covid-19. De acordo com a pasta, o Governo Federal vai distribuir insumos e doses da vacina até os estados e, a partir desse ponto, o estado envia aos municípios que serão os responsáveis pela vacinação das pessoas.
Durante o lançamento do plano, o presidente Jair Bolsonaro elogiou o Congresso Nacional ao falar que os parlamentares foram decisivos durante a pandemia ao acelerar a votação de medidas para combater o novo coronavírus. Da mesma forma, o presidente afirmou que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi um órgão fundamental na escolha da vacina a ser oferecida gratuitamente à população.
“Momentos difíceis todos nós tivemos, mas depois da tempestade vem a bonança. É isso o que vislumbramos no horizonte do Brasil, pois temos 27 governadores com um só propósito: o bem comum e a volta à normalidade. Muitas pessoas trabalharam neste objetivo e a grande maioria foram anônimas, mas essenciais para que pudéssemos chegar a esse dia”, declarou o presidente.
O Plano de Vacinação foi desenvolvido pelo Programa Nacional de Imunizações em cooperação com o comitê de especialistas da Câmara Técnica, e baseado em princípios similares aos estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), bem como nas considerações sobre a viabilização operacional das ações de vacinação.
Optou-se pela seguinte ordem de priorização: preservação do funcionamento dos serviços de saúde, proteção dos indivíduos com maior risco de desenvolvimento de formas graves e óbitos, seguido da preservação do funcionamento dos serviços essenciais e proteção dos indivíduos com maior risco de infecção.
Durante o lançamento do plano o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que os órgãos e entidades de saúde do País qualificam todo o trabalho desenvolvido pelo ministério na busca pela melhor forma de vacinação dos brasileiros. Além disso, Pazuello destacou a presença do Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil como uma das melhores estratégias do mundo.
“Acreditem, o povo brasileiro tem capacidade de ter o maior Sistema Único de Saúde do mundo, de ter o maior programa nacional de imunização do mundo! Nós somos os maiores fabricantes de vacina da América Latina. Então para que essa ansiedade e essa angústia? Nós somos referência na América Latina e estamos trabalhando”, ressaltou o ministro.
Em relação ao recebimento das vacinas, Pazuello explicou que “todos os estados da Federação serão tratados de forma igualitária e proporcional. Não haverá nenhuma diferença. Todas as vacinas produzidas no Brasil ou pelo Butantan, Fiocruz ou qualquer indústria terá prioridade do SUS”, concluiu o ministro da Saúde.
Segundo o documento, os grupos prioritários para vacinação são trabalhadores da área da saúde (incluindo profissionais da saúde, profissionais de apoio, cuidadores de idosos, entre outros), pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas, população idosa (60 anos ou mais), indígena aldeado em terras demarcadas, comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, população em situação de rua, morbidades (diabetes mellitus; hipertensão arterial grave (difícil controle ou com lesão de órgão alvo), doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer, obesidade (grau III), trabalhadores da educação, pessoas com deficiência permanente severa, membros das forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema de privação de liberdade, trabalhadores do transporte coletivo, transportadores rodoviários de carga, população privada de liberdade.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, apesar de ter sido lançado ontem, o plano de operacionalização da vacinação contra a Covid-19, não é definitivo, mas “pretende dar início à vacinação apresentando grupos prioritários e dando condições aos estados e municípios para que possam realizar suas imunizações”, explicou o secretário, que ainda destacou terem sido compilados 10 eixos prioritários como a comunicação, avaliação de orçamento e disponibilidade da vacina.