Importante setor da economia brasileira, a construção civil registrou forte queda no mês de maio. Segundo dados da Fundação Getúlio Vargas, divulgados nesta sexta-feira (26), o Índice de Confiança da Construção (ICST) do Brasil recuou 2,5 pontos depois de ganhos discretos e retornou ao mesmo nível de oito meses atrás. Em setembro de 2016, a confiança foi de 74 pontos.
O líder da Oposição, Humberto Costa (PT), avalia que a nova queda no setor foi provocada pelo cenário de instabilidade política que vive o País e pela falta de incentivo à área de construção civil por parte do governo de Michel Temer (PMDB). Para ele, a queda na confiança também pode gerar um efeito cascata em outros setores da economia.
“Há um ano resolveram tirar, através de golpe, uma presidente eleita e para isso a acusaram de um crime que ela não cometeu. Disseram que isso salvaria a economia e muita gente acreditou. Mas, de lá para cá, o que a gente vê é uma economia em frangalhos e o Brasil afundando cada vez mais em denúncias de corrupção. Para completar, o governo Temer paralisou milhares de obras e não tem nenhum projeto para incentivar a economia brasileira. Faltam políticas para incentivar o crescimento e fazer a roda voltar a girar novamente”, afirmou o senador.
De acordo com o levantamento, a forte queda do ICST em maio se deve principalmente à baixa perspectiva das empresas quanto ao futuro do País. O Índice de Expectativa (IE) teve queda e chegou aos 84,6 pontos, um recuo de 3 pontos em comparação ao levantamento anterior. Também mereceu destaque o Nível de Utilização da Capacidade (NUCI) da construção civil, que caiu 0,7 ponto percentual em maio, alcançando 62,1%, menor valor da série histórica.
Segundo o senador Humberto Costa, a economia brasileira só deve ser retomada com a saída de Temer e as eleições diretas. “O cenário econômico no país é muito ruim. Só a escolha de um presidente legitimamente eleito poderá trazer de volta a confiança que o Brasil precisa para fazer a economia voltar aos trilhos”, afirmou.