O Café Guarani, por Hérlon Cavalcanti
O Café Guarani, na praça Zino Rodrigues – em frente ao Banco do Brasil é um ponto histórico da nossa cidade. Ele resiste ao tempo, permanece acessa a tradição e os costumes de um povo pacato, simples e observador. É um local de encontros e desencontros de várias gerações em Caruaru. É um termômetro sociocultural da cidade e de toda uma região.
O café bem quentinho é o aperitivo que abre o debate do local. Por lá circulam: professores, advogados, intelectuais, comerciantes, empresários, políticos, desempregados, ambulantes, curiosos, historiadores, artistas, camelôs, sindicalistas, analistas, cientistas políticos, pessoas que circulam de outras cidades entre tantos que envolve dia a dia nossa “capital do Agreste”.
É um ponto simpático, sereno e visionário. É o nosso jeito de ser, de mostrar a força do interior no vai e vem da modernidade que insiste em rodear a Rua e as modificações arquitetônicas que cercam todo o local.
Grandes embates, negócios, decisões e movimentações políticas da nossa cidade e da região, nasceram nas rodas de conversas do café Guarani.
Muita gente já degustou o café de lá, presidentes da república, autoridades do mundo do direito, escritores nacionais entre outros, já sentiram o gosto de tomar uma xicara de café acompanhado por pão assado, banana cozinhada, queijo e boas conversas.
O café existe há muitas décadas e sempre permanece de pé, vigiando a roda do tempo e uma cidade que cresce desgovernada sem planejamento estratégico para conviver entre o passado, o presente e o futuro, mas nunca preocupada em manter viva sua história e sua preservação.
Outros bons locais e cafeterias existem em Caruaru e que também cumpre seu papel, mas o café Guarani é sem dúvida o local, mas envolvente para tantas decisões que surgem e que ainda vão acontecer na velocidade que o tempo aquentar, resistir e permitir.
Parabéns a família e os empresários do local que nos proporciona diariamente um bom café e nos permite a “ liberdade” de construir uma cidade e seus sonhos.