Dentro das medidas de combate ao Covid-19, a Prefeitura de Caruaru está ampliando o Hospital Municipal Manoel Afonso (HMMA), no bairro Maria Auxiliadora, para ser a unidade de retaguarda para os pacientes suspeitos e com diagnóstico de Covid-19. Com a reforma, o HMMA passa de 54 para 73 leitos exclusivos, além de cinco leitos de sala vermelha para estabilização. A previsão para o início dos atendimentos é na próxima semana.
Todos os internos da clínica médica e pediatria foram remanejados para a Casa de Saúde Bom Jesus, considerando que os leitos de cirurgias eletivas estavam desocupados. “Com esta mudança, conseguimos esvaziar todos os leitos do Manoel Afonso e adaptar um espaço para o internamento infantil na Casa de Saúde”, explicou o secretário executivo de Atenção Especializada, Breno Feitoza.
Além da mudança estrutural, no HMMA, toda equipe da unidade, o que inclui médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, técnicos, entre outros, estão em capacitações permanente para receber a demanda específica dos pacientes com o novo coronavírus. A reforma está sendo feita com uma estrutura rápida de obra, chamada de drywall, tecnologia muito utilizada nos Estados Unidos, que permite substituir de forma ágil a alvenaria tradicional e fazer o fechamento dos espaços.
A ampliação corresponde à primeira etapa do projeto, que dependendo do aumento da demanda na cidade de pacientes para internamento com o novo coronavírus, pode ter uma segunda etapa, que aumentará gradativamente os leitos, podendo chegar a capacidade máxima da unidade, com 85 leitos.
O Hospital Manoel Afonso receberá pacientes de baixa e média complexidade. A unidade de referência em alta complexidade (leitos de UTI) para o Covid-19 na região permanece sendo o Hospital Mestre Vitalino, através da regulação da Central de Leitos.
Atualmente, Caruaru está no nível de emergência, de acordo com o plano de contingência. Entre as ações tomadas estão: limitação de atendimentos ambulatoriais, ajustes na estratégia de saúde da família para grupos prioritários (estratificação de risco), preparação de serviços para atendimentos emergenciais (ampliação de escalas e adequações físicas), cancelamento da assistência eletiva, atendimento online e telefônico para os pacientes do AME Idoso, implantação do Disk-Covid (0800.281.7080), entre outros.
“Caso não tivesse tomado as decisões a partir de 16 de março, já estariamos no colapso do sistema de saúde. Mas isto não significa que a gente atravessou a fase crítica, precisamos cada vez mais da colaboração de todos,” explicou o secretário de Saúde, Francisco Santos. Ele disse que isso possibilitou a tomada de outras ações para equipar a rede.
Foto: Arnaldo Felix