A notícia de que o governo de Michel Temer (PMDB) resolveu assumir prejuízos de distribuidoras do Norte e Nordeste para privatizar a Eletrobras gerou críticas do líder da Oposição, Humberto Costa (PT). Para o parlamentar, a decisão do governo mostra que a venda da empresa está para ser feita de “maneira irresponsável e açodada”.
“De que vale vender a Eletrobras se o próprio governo já admitiu que vai ter que arcar com os prejuízos ? Quais os negócios nebulosos que podem estar relacionados com a venda tão abrupta de um patrimônio nacional e com a entrega de um setor tão estratégico como a energia elétrica?”, questionou o senador.
Humberto ainda alertou para o perigo de um possível aumento na tarifa da luz antes mesmo da venda da Eletrobras. “O governo que, inicialmente, falava que a transação não geraria prejuízos para o consumidor, já vem estudando a elevação das tarifas antes da empresa ser privatizada. Além disso, a própria Aneel prevê um aumento de até 17% na conta de energia depois da privatização. Mais uma vez, a população vai pagar o pato por uma gestão que gasta R$ 15 bilhões para comprar parlamentares e planeja ganhar R$ 20 bilhões com a venda da maior empresa de geração de energia elétrica do País, responsável por, aproximadamente, um terço da nossa capacidade geradora. Essa é uma conta que não fecha”, sentenciou o líder oposicionista.
Vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Chesf, Humberto Costa também defendeu o fim do projeto de privatização da Companhia, subsidiária da Eletrobras. “A Chesf tem um papel social importantíssimo, realiza projetos que ajudam no desenvolvimento do São Francisco. Não podemos ficar calados diante de tamanho absurdo. A Chesf tem uma importância histórica para a nossa região e o Nordeste está unido dizendo que não aceita o seu fim”, concluiu.