Para o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), que participou na noite de ontem de uma reunião intitulada “Ciranda da Saúde”, junto com o candidato a prefeito João Paulo (PT), é preciso levar aos recifenses um debate sobre todos os avanços de 12 anos de gestão do PT na capital. O encontro serviu para reunir um grande grupo de representantes da saúde e dialogar sobre a situação atual na área.
“Criamos programas de excelência como o SAMU e a Academia da Cidade, quando eu ainda era secretário de Saúde de João Paulo. Saímos de 27 para mais de 120 equipes do Programa de Saúde da Família (PSF) em apenas um ano e, hoje, vemos que muitos desses avanços pararam lá atrás, desde que o PT saiu da gestão do Recife”, avaliou o senador.
Estiveram no evento representantes da CUT, sindicatos e outros representantes da sociedade civil, que discutiram saídas para melhorar a saúde na cidade. Esses grupos apontaram diversos problemas na rede da capital, como filas, falta de médicos e o mau atendimento nos postos, que haviam sido superados na gestão do PT, mas que, nos últimos três anos, voltaram a acontecer.
Humberto falou da importância do investimento na saúde e lembrou que o presidente interino Michel Temer (PMDB) enviou a PEC 241 para o Congresso Nacional, com o propósito de limitar as despesas com saúde e educação. “Não podemos deixar essa PEC passar, pois essas duas áreas vão sofrer muito com a falta de recursos e, consequentemente, isso traz prejuízos ao povo brasileiro.”
O senador apresentou também os números do programa criado por Dilma, o Mais Médicos, que hoje atende 62 milhões de brasileiros e está levando profissionais para cidades onde antes médicos não existiam ou eram em número insuficiente. “O Mais Médicos também corre perigo de acabar. Os profissionais cubanos, que são mais de 60% do total do programa, podem voltar para Cuba a qualquer momento pela falta de articulação desse presidente sem voto. Isso não pode acontecer”, alertou o senador.
“Temos condições, sim, de fazer um SUS com excelência, é preciso apenas muito trabalho. Não podemos aceitar que queiram desmantelar o que é público para entregar tudo à iniciativa privada”, afirmou o líder do PT.