Índia tem nova alta na média semanal de casos de covid-19

Índia

A pandemia de covid-19 na Índia da Índia mostrou poucos sinais de abrandamento nesta terça-feira (11). A média semanal de casos da doença teve nova alta, e autoridades de saúde internacionais alertaram que a variante do país representa perigo global.

O número diário de casos de covid-19 na Índia cresceu em 329.942, e as mortes pela doença aumentaram em 3.876, de acordo com o Ministério da Saúde. O total de infecções pelo novo coronavírus no país está agora em 22,99 milhões e o total de mortes subiu para 249.992.

A Índia é a líder mundial em número diário médio de novas mortes relatadas, respondendo por um de cada três óbitos anunciados a cada dia no mundo, segundo contagem da Reuters.

A média de sete dias de novos casos teve alta recorde de 390.995.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que a variante do novo coronavírus identificada primeiramente no país no ano passado está sendo classificada como digna de preocupação global, e estudos preliminares mostram que ela se dissemina mais facilmente.

“Nós a classificamos como uma variante preocupante em nível global”, disse Maria Van Kerkhove, autoridade técnica da OMS em Covid-19, em entrevista coletiva. “Existe alguma informação disponível que indica uma transmissibilidade acentuada.”

Nações de todo o mundo enviam cilindros de oxigênio e outros equipamentos médicos para aliviar a crise indiana, mas muitos hospitais do país estão sofrendo com a escassez de equipamentos que salvam vidas.

Onze pessoas morreram na noite dessa segunda-feira (10) em um hospital governamental de Tirupati, cidade de Andhra Pradesh, um estado do sul, devido ao atraso na chegada de um caminhão-tanque com oxigênio, disse uma autoridade do governo.

“Houve problemas com a pressão do oxigênio devido à baixa disponibilidade. Tudo aconteceu em um intervalo de cinco minutos”, informou M Harinarayan, principal autoridade do distrito, na noite de ontem, acrescentando que agora o hospital SVR Ruia tem oxigênio suficiente.

Dezesseis membros de departamentos e vários professores e funcionários aposentados que estavam morando no campus da Universidade Muçulmana Aligarh, uma das mais prestigiadas da Índia, morreram de covid-19, informou a escola.

Para piorar a situação dos hospitais, o governo indiano orientou os médicos a procurarem sinais de mucormicose, ou “fungo negro”, em pacientes de covid-19, já que centros de saúde relatam um aumento de casos dessa infecção rara, mas que mata.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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