Em seu “Informe Conjuntural”, divulgado na semana passada, a Confederação Nacional das Indústrias baixou para apenas 1% a previsão de alta do PIB em relação ao ano passado. Vale salientar que antes de o calendário atual entrar em vigor, a expectativa de aumento era de 2,1%. Boa parte desse retrocesso, segundo o estudo da CNI, se deveu especialmente ao fraco desempenho da atividade industrial nos últimos meses. Tanto é que agora a expectativa é de que haja retração no setor de 0,5% e não mais crescimento de 1,7%.
Seguindo a tendência nacional, a região Agreste também deverá fechar 2014 com percentuais abaixo do esperado. De acordo com o diretor regional da Federação das Indústrias de Pernambuco, Andrerson Porto, o momento é de preocupação. “Infelizmente, Caruaru e região não ficaram imunes à crise nacional. Hoje, temos observado um volume muito alto na inadimplência bem como uma queda acentuada nas vendas. Por consequência, algumas indústrias vêm diminuindo os seus turnos de produção e demissões têm ocorrido. A recomendação atual é diminuir os custos e se adequar a nova realidade produtiva”.
Para o diretor, a alta carga tributária praticada no país tem sido uma das principais responsáveis pelo baixo desempenho da indústria. “Num momento de crise como esse, as exportações poderiam traçar novos rumos para economia brasileira. Porém, num país onde os impostos são bastante elevados e a burocracia persiste, os industriais não têm encontrado alternativas para comercializar fora do país. Conseqüentemente, seus faturamentos e produções vêm diminuindo, o que têm acarretado vários problemas dentre eles a queda no número de contratações. No âmbito estadual também temos observado isso, apesar do grande potencial para o setor”.