O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação da cesta de compras para famílias com renda de até cinco salários mínimos, ficou em 0,96% em maio deste ano. É a maior taxa para o mês desde 2016, quando o índice bateu 0,98%.
De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice ficou bem acima do observado em abril, quando marcou 0,38%. O indicador é obtido a partir dos Índices de Preços ao Consumidor regionais e tem como objetivo oferecer a variação dos preços no mercado varejista, mostrando, assim, o aumento do custo de vida da população.
O INPC acumula 3,33% no ano e 8,9% em 12 meses. Os percentuais registrados foram maiores do que os da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acusou variações de 0,83% em maio, de 3,22% no ano e de 8,06% em 12 meses.
Em maio, os produtos alimentícios, medidos pelo índice, tiveram inflação de 0,53%, enquanto os não alimentícios registraram alta de preços de 1,1%, no período. O peso do grupo alimentos, como arroz, feijão, leite, frutas, refeições feitas em restaurantes e lanchonetes, é maior no INPC que no IPCA, que mede até 40 salários mínimos. Logo, uma variação nesse grupo tem um impacto maior no INPC.