Parece que o céu é o limite para a onda de assassinatos que está ocorrendo em Caruaru nos últimos três anos, com sucessivas quebras de ‘recorde’ na quantidade de assassinatos nos últimos três anos. Em 2015 foram 203 crimes; em 2016, 234, e, ao que tudo indica, 2017 tende a ser mais violento ainda. Um dos crimes que deixaram a sociedade atônita foi a morte do comerciante Sócrates Cristiano Soares, 55 anos. Ele foi morto com cinco tiros na cabeça, mas a polícia está com uma linha de investigação bastante adiantada.
O crime ocorreu na frente do estabelecimento comercial da vítima, uma loja de veículos usados, localizada na Rua Visconde de Inhaúma, no Bairro Maurício de Nassau. Filho de Cosme Soares (Prezado), um dos principais atores do teatro caruaruense, Sócrates era bastante conhecido na cidade, pois durante anos atuou como caixa em uma agência bancária e era considerado uma pessoa muito tranquila e que não tinha inimigos.
Durante a semana, vários boatos surgiram, inclusive que a vítima emprestava dinheiro a juros, que tinha discutido com o seu algoz ou que um casal que estava comprando um carro presenciou tudo.
O Jornal VANGUARDA ouviu o delegado responsável pelo caso, Francisco Souto Maior, e nenhuma dessas informações, segundo ele, procedem. “Temos a informação que, minutos antes, ele estaria atendendo um casal, mas não identificamos ninguém na hora do assassinato”, disse.
Uma das principais linhas de investigação continua sendo a possibilidade de crime passional, já que nada foi levado. O delegado disse que as câmeras de algumas lojas vizinhas estão ajudando a esclarecer alguns detalhes, inclusive um boato de que o criminoso teria fugido em uma moto, fato que não procede.
“Ele chegou sozinho e fugiu a pé. No momento do crime, o assassino estava de boné e com uma camisa esportiva. Não identificamos, pelas imagens, nenhuma moto esperando para dar fuga. Ele cometeu o crime e fugiu só”, revelou o policial.
Segundo Francisco Souto Maior, pelo menos seis testemunhas já foram ouvidas e a apuração está em fase bastante adiantada. O delegado não pôde dar mais detalhes para não atrapalhar o trabalho da polícia.