O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, disse que a quantidade de urânio enriquecido armazenada no país ultrapassou o limite imposto pelo acordo nuclear assinado em 2015 com potências mundiais. Nessa segunda-feira (1º), Zarif disse a uma agência de notícias do país que o estoque é de mais de 300 quilos.
Em maio, Teerã havia declarado que deixaria de honrar alguns dos compromissos prescritos pelo acordo, em resposta à saída unilateral dos Estados Unidos no ano passado. Se o relatório for confirmado, a França e outros países europeus que assinaram o acordo poderão declarar que o Irã teria violado o pacto.
Teerã disse também que vai começar a produzir urânio mais altamente enriquecido, o que poderia levar à fabricação de armas nucleares. O acordo nuclear exige que o Irã limite seu programa nuclear em troca da retirada de sanções. Agora o mecanismo do acordo corre o risco de ser desfeito.
A Agência Internacional de Energia Atômica informou que seus inspetores no país estão tentando verificar se o Irã acumulou mais urânio enriquecido do que é permitido pelo acordo.
Arábia Saudita
O ministro das Relações exteriores da Arábia Saudita pediu que os países pressionem Teerã para que cumpra o acordo nuclear de 2015, assinado com diversas potências mundiais.
Adel Al-Jubeir fez o pedido em uma entrevista à NHK nessa segunda-feira. Ele participou da reunião do G20, em Osaka, na semana passada.
Sobre a decisão do Irã de deixar de honrar alguns compromissos assumidos no acordo nuclear, Jubeir disse que a comunidade internacional deveria aplicar o máximo de pressão sobre o Irã para fazer com que o país cumpra o pacto. Ele também pediu inspeções mais rigorosas.
O ministro afirmou que seu país vai trabalhar com o Japão e outras nações para elaborar um plano que garanta que embarcações possam navegar com segurança na região do Golfo.