José Queiroz encerrou a
série de debates na Rádio Cultura. O prefeito reuniu boa parte do seu estafe político nos estúdios da emissora. Oito vereadores estavam presentes, além de secretários e diretores
Wagner Gil/Jornal VANGUARDA
O prefeito José Queiroz (PDT) foi o último político entrevistado pela Rádio Cultura, no Mesa Redonda, na sexta-feira (18). Antes dele, foram prestar contas do seu mandato o deputado estadual Tony Gel (PMDB), o ex-governador João Lyra Neto (PSB) e o senador Douglas Cintra (PTB). O programa seguiu o mesmo modelo dos anteriores, com a participação especial dos jornalistas Wagner Gil (Jornal VANGUARDA) e Ricardo Perrier (Extra de Pernambuco). Durante duas horas e meia, o chefe do Executivo fez um balanço da sua gestão, defendeu a permanência da presidente Dilma Rousseff e elogiou bastante o governador Paulo Câmara.
No primeiro bloco, o prefeito falou que estava chegando ao seu décimo sétimo ano à frente da administração da cidade e tinha muito o que comemorar. Ele elogiou seu vice-prefeito Jorge Gomes (PSB), classificando-o como um ‘companheiro de todas as horas’. “Eu tenho no companheiro Jorge Gomes um exemplo de lealdade. Um vice dos sonhos, que não causa problemas. Um parceiro de todas as horas. Ele destacou ainda o grande volume de obras na cidade, afirmando que hoje o município custeia suas despesas com 42% de receita própria.
O prefeito disse que tinha dezenas de obras em andamento e reconheceu o apoio do Governo Federal. “Tenho que reconhecer que o Governo Federal foi importante, mas tivemos aí a força do deputado Wolney Queiroz, que consegue destravar recursos como nenhum outro na história”, disse. Indagado se era contra ou a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ele foi direto: “Sou contra o impeachment e essa é uma decisão também da bancada do PDT”, afirmou o prefeito.
Ele destacou obras como o programa de asfalto na zona rural e a quantidade de ruas com calçamento. “Estive em Brasília esta semana e fui em busca de parcerias para tocar projetos. Conseguimos mais R$ 13 milhões para completar o asfalto na zona rural, verba para a conclusão do projeto Revitalino, além de R$ 9,5 milhões para calçamento. Vale lembrar que temos dezenas de obras em andamento e que serão entregues ao longo dos próximos dias”, discursou.
O prefeito também falou sobre a Feira da Sulanca e o processo de transferência. “Tive de lutar contra agentes políticos e empresários. Também teve o posicionamento da Justiça e MP e tivemos que ceder. Mudamos o sistema de conselho para condomínio, como foi exigido. Tenho fé que começo essa obra”, disse Queiroz. Ele criticou ainda o ex-governador João Lyra Neto, que disse ser contra ao pagamento de taxa em caso de mudança da feira.
O prefeito de Caruaru denominou-se o prefeito das praças, pontes e parques. “Fizemos obras importante, como as pontes Elias Oliveira e Irmã Jerônima, entre outras. Em Brasília, tentei também recursos para a ponte Miguel Arraes, que vai ligar o Indianópolis ao Parque de Eventos Luiz “Lua” Gonzaga”, informou. Queiroz disse ainda que recebeu Caruaru com mais de 1,1 mil ruas sem calçamento. “Já calcei mais de 300 e pretendo calçar pelo menos mais 100. Já temos parte da verba garantida.”
O relacionamento com crises constantes com a Câmara de Vereadores também foi abordado. “Essas crises são uma prova que não existe mão de ferro. Não existe ditador. São poderes diferentes que, em algum momento, existe divergência, mas nunca fui para o confronto ou falei mal deles (vereadores). Pelo contrário, respeito a posição de todos, seja oposição ou da base.” Indagado sobre a Operação Ponto Final, que levou dez vereadores ao afastamento e à cadeia, ele lamentou. “Realmente foi um episódio triste. Lamento que tenha acontecido, mas não teve participação da gestão. Foi uma ação da polícia”, finalizou.