Kátia Abreu é expulsa do PMDB acusada de violar código de ética e fidelidade partidária

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O PMDB, partido do presidente Michel Temer, decidiu expulsar a senadora Kátia Abreu (TO) da legenda. A decisão foi anunciada após reunião do conselho de ética do partido, no qual os integrantes do colegiado aprovaram, por unanimidade, parecer pela expulsão da senadora tocantinense e o cancelamento de sua filiação partidária. Antes do PMDB, Kátia esteve nos quadros do PSD e do DEM.

Por outro lado, nomes como os ex-presidentes da Câmara Eduardo Cunha (RJ) e Henrique Alves (RN), o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PR) continuam filiados e sem enfrentar qualquer processo interno. Acusados de praticar corrupção e diversos outros crimes, os quatro peemedebistas estão presos em decorrência de investigações como a Operação Lava Jato.

Por meio de nota, o presidente da sigla, senador Romero Jucá (RR), disse que a decisão do colegiado será “acatada de imediato”. Acusada de ter violado o Código de Ética e Fidelidade Partidária e o Estatuto da sigla, a senadora tem contestado publicamente as reformas trabalhista, que votou contra, e previdenciária, em discussão na Câmara. Além disso, a senadora tem feito duras críticas ao governo do presidente Michel Temer, que já classificou como organização criminosa, reverberando investigação da Polícia Federal.

Kátia Abreu, que ocupou o Ministério da Agricultura, entre 2015 e 2016, no governo da petista Dilma Rousseff, votou contra o impeachment de Dilma e se destacou como uma das principais vozes no Congresso contra o que considera “golpe” contra a gestão petista. Desde que a senadora se manifestou contrariamente ao impeachment, no ano passado, o partido vinha se movimenta para retirá-la da sigla. A parlamentar foi uma das defensoras mais enfáticas de Dilma na comissão do impeachment do Senado.

Em setembro, após ter sido afastada temporariamente do partido e já sob ameaça de expulsão, a senadora voltou a atacar a legenda. “Neste exato momento, a preocupação do PMDB deveria ser provar que não é uma organização criminosa, um quadrilhão. Eu estou longe de ser um problema para o PMDB. Sigo minha vida”, afirmou, referindo-se à segunda denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), por organização criminosa e obstrução de Justiça, contra Temer.

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