O líder supremo do Irã, ayatollah Ali Khamenei, propôs hoje (9) que as concentrações em massa no país sejam suspensas durante o mês sagrado de jejum muçulmano, o Ramadã, devido à pandemia de covid-19. A proposta foi feita durante discurso transmitido pela televisão.
“Na ausência de reuniões públicas no mês do Ramadã, incluindo orações e discursos, de que este ano estamos sendo privados, devemos criar os mesmos sentidos em nossa solidão”, disse Khamenei.
O Ramadã deve começar no fim de abril e durar até a maior parte de maio.
As autoridades públicas ainda não haviam discutido os planos para o mês sagrado, que vê os fiéis muçulmanos jejuarem do amanhecer até o pôr do sol.
Khamenei pediu aos fiéis xiitas que orem, em suas casas, durante o Ramadã. Os xiitas normalmente rezam em comunidade, especialmente durante este período.
O Irã registrou mais de 67 mil confirmados do novo coronavírus, com quase 4 mil mortes.
O presidente iraniano, Hassan Rohani, determinou que a economia do país comece a se abrir lentamente a partir do sábado (11), levando em conta a preocupação de que o país possa ter uma segunda onda de infecções.
A economia da República Islâmica sofre intensas sanções dos Estados Unidos depois de o presidente norte-americano, Donald Trump, se retirar unilateralmente do acordo nuclear de Teerã com as potências mundiais em 2015.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou mais de 1,5 milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.
Dos casos de infecção, cerca de 280 mil são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar situação de pandemia.