Literatura afro-brasileira é discutida em curso virtual

 

Iniciativa do coletivo caruaruense A literatura também tem pele preta visa divulgar a produção literária de negras e negros

 

O Coletivo A Literatura Também Tem Pele Preta realizará nos dias 11, 17 e 25 de março o curso Por Direito à Literatura Afro-Brasileira: Ancestralidade e Contemporaneidade de Autores/as Negros/as. “Esta atividade vem preencher uma lacuna. Os escritores e escritoras negros foram silenciados na história do Brasil ou foram embranquecidos para serem aceitos na cultura brasileira”, diz Fael Bezerra, idealizador do Coletivo. Durante três encontros, a formação discutirá as características da literatura afro-brasileira e os seus principais autores e autoras, desde os precursores aos nomes atuais. Para tanto, o Coletivo convidou pessoas especialistas no tema.

 

O primeiro encontro do curso, Maria Firmina dos Reis – 200 anos de uma precursora, será facilitado pelo pesquisador e escritor Eduardo Assis Duarte. Ele é professor da UFMG e coordenador do Literafro – portal da literatura afro-brasileira. Suas principais publicações são: Machado de Assis afrodescendente (2020), Literatura afro-brasileira – 100 autores do século XVIII ao XXI (2019) e Literatura e afrodescendência no Brasil – antologia crítica (2014).

 

Literatura afro-brasileira infantil será o tema do segundo encontro, que tem como convidada a escritora e ativista Inaldete Pinheiro, uma das fundadoras do Movimento Negro em Pernambuco. As primeiras obras publicadas de Inaldete foram os livros infantis Pai Adão era nagô e Cinco cantigas para você contar, em 1989. Suas publicações mais recentes são: Uma aventura do velho baobá (2021), Escritos das escravidões (2021), Escritos das liberdades (2021) e Travessias (2019).

 

O último momento do curso será Flor afiada – o sopro da literatura oral e as raízes da escrita nos saraus, slans e nos sistemas carcerários. Este encontro terá a presença dos multiartistas Akins Kintê e Urbano Leafa. Akins Kintê é paulistano, escritor, cineasta e educador. Publicou três livros e participou de várias antologias da série Cadernos Negros. Urbano Leafa é escritor, cineasta produtor cultural e idealizador do Slam Caruaru. Ele fará uma participação especial neste encontro. Sua obra mais recente é o livro de ficção Light in the Sky (2021).

 

A formação Por Direito à Literatura Afro-Brasileira: Ancestralidade e Contemporaneidade de Autores/as Negros/as tem incentivo da Lei Aldir Blanc de Pernambuco. As aulas acontecerão das 19h às 21h, através do google meet. As inscrições foram abertas no dia 23 de fevereiro e se encerrarão em 08 de março, através de link disponível na Bio do Instagram do Coletivo A literatura também tem pele preta, @a_literaturatambemtempelepreta.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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