Durante a pandemia da Covid-19, a logística vem se fortalecendo nos meios digitais e tem desempenhado papel fundamental para evitar o desabastecimento de itens de consumo nas casas dos brasileiros. É de olho nessa realidade que a Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) segue apostando na oferta do curso de Operador Logístico para socioeducandos em regime de internação no Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) Timbaúba, na Mata Norte de Pernambuco. Ontem (17) teve início as aulas da quinta turma formada neste ano, com cinco adolescentes como alunos e um agente socioeducativo como instrutor.
O curso terá 28 horas/aula e será dividido em oito módulos: Introdução à Logística, Processos Logísticos, Custos Logísticos, Evolução da Logística, Ética e Responsabilidade Social, Gestão de Transporte, Fundamentos Matemáticos, Empreendedorismo e Prática Profissional. O objetivo é oferecer noções sobre o tema e capacitar os alunos para exercer o ofício de operador. Durante as aulas, eles realizam como atividade prática uma visita técnica para repensar a logística de distribuição de água do Case Timbaúba.
“É um ramo de atuação em crescente, tanto em instalações físicas, como na área virtual, sobretudo neste período de pandemia. É necessária a atuação de um operador, por exemplo, para descentralizar e encaminhar mercadorias para vários lugares. Aqui na Funase, os meninos saem preparados para assumir qualquer cargo nessa área. Fico feliz em poder contribuir profissionalmente e na trajetória desses adolescentes”, afirma o agente socioeducativo Wellington Santana, responsável pela ministração das aulas.
No mesmo sentido, a coordenadora técnica do Case Timbaúba, Karolyne Bezerra, explica que a realização de cinco turmas desde abril mostra como o curso de Operador Logístico tem atraído o interesse dos adolescentes e gerado bons resultados. “O curso vem dando contorno a sonhos e desejos, bem como tem formado cidadãos através das bases da educação e do protagonismo juvenil. É uma área em crescimento e transformação. Então, preparar nossos adolescentes para este mercado em ascensão os deixa um passo à frente e com um leque de possibilidades maior para trabalhar e iniciar uma nova fase de suas vidas”, avalia.
O curso é coordenado pelo Eixo Profissionalização, Esporte, Cultura e Lazer da Funase. Os adolescentes que concluem, ao menos, 75% da carga horária e têm bom aproveitamento nas aulas recebem certificados emitidos pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). A comprovação de que são formados como operadores logísticos é semelhante à fornecida a qualquer aluno não privado de liberdade, contribuindo para que esses novos profissionais iniciem suas trajetórias e sejam absorvidos pelo mercado.
Imagem: Arquivo/Funase