Flávia Albuquerque – Repórter da Agência Brasil
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou às 11h30 na Escola Estadual José Firmino Correia de Araújo, no Jardim Lavínia, em São Bernardo do Campo. Ao chegar, estava acompanhado do candidato a prefeito pelo PT, Tarcísio Cecoli. Lula foi recebido por aplausos e vaias de eleitores que votavam no mesmo local e, ao ser questionado sobre as manifestações, disse que não ouvia as vaias porque os aplausos eram mais altos.
“Eu nem ouvi as vaias. Era tanto aplauso que nem ouvi. Eu tenho noção da minha relação com a sociedade brasileira e o que estou sentindo é que quanto mais ódio se estimula contra mim, mais amor se cria a meu favor”. Ele disse, ainda, que as pessoas contrárias a ele começarão a se surpreender porque, a partir destas eleições, ele começará a andar pelo Brasil.
Lula afirmou que o PT não é o primeiro a experimentar momentos complicados e que, além da crise pela qual passa o partido, a legenda ainda enfrenta uma guerra da imprensa contra o PT, que já dura sete anos, disse. “O PT sobrevive aparecendo em todas as pesquisas como a legenda preferida do brasileiro. O fato de o PT ser a legenda preferida, ter o dobro de preferência do que tem o PSDB e o dobro de preferência do que tem o PMDB nessa crise, demonstra que se enganam aqueles que pensam que podem acabar com o PT atacando uma personalidade”, afirmou.
Vivendo no anonimato
Segundo Lula, o PT tem milhões de pessoas que vivem no anonimato, trabalhando nos mais diversos lugares às vezes com medo de dizer que são petistas. “O PT é mais do que um conjunto de pessoas, é uma multidão e eu acho que vai surpreender nessa eleição. Obviamente que perder e ganhar uma eleição faz parte do jogo. E isso não define a história de um partido”.
Lula elogiou tanto o candidato à prefeitura de São Bernardo do Campo, Tarcísio Cecoli, quanto o candidato à reeleição para a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad. Ele disse que ambos são capazes de administrar as cidades.
“Tenho certeza de que Haddad é um orgulho para uma cidade como São Paulo e de que é um orgulho para uma cidade como essa ter essa qualidade de pessoa como prefeito. São Paulo não merece correr o risco de perder a possibilidade de reeleger o Haddad para colocar um aventureiro, uma pessoa da qual não se sabe nada sobre a vida [dela]”.