Luto materno: Por que é tão importante falar sobre o assunto?

O próximo domingo, dia 14, já é o Dia das Mães. Para alguns, a data é de comemoração e alegria. Mas, para outras pessoas, a data pode despertar um sentimento de tristeza pela perda da mãe.

Segundo a psicóloga Carolina Freire, inevitavelmente iremos passar por lutos em nossas vidas e conversar e desmistificar o lugar do sofrimento nos amplia os recursos internos para viver a dor da partida de pessoas significativas. Ela reforça que isso não nos protege da dor, mas facilita a expressão e a elaboração dos sentimentos.

“A perda da figura materna, quando o vínculo foi saudável e amoroso em vida, é uma das despedidas mais difíceis. Desta forma, conversar e acolher a dor dos filhos e ajudá-los a vivê-la no ritmo individual é imprescindível. É importante apontar para o caminho do autocuidado, reafirmando o lugar da vida, da superação ou do aprendizado sobre a convivência com a saudade”, explica.

Carolina conta ainda que, em nossa sociedade, não temos espaço para falar dessa dor, pois temos receio ou inabilidade de falar sobre a morte. Os enlutados, segundo ela, muitas vezes seguem com a dor junto a um restrito grupo de pessoas, sendo considerado um privilégio estar entre pessoas e uma profissional que desejam se acolher neste momento.

Importância da rede de apoio

A psicóloga conta ainda quais os benefícios em ter uma rede de apoio nesse momento, especialmente no dia das mães:
– Perceber que não vive o sofrimento sozinho.
– A sensação de pertencimento fortalece e ajuda a reconhecer recursos internos.
– Num espaço de grupo também trazemos nossa sabedoria de vida ao grupo, assim sou acolhida e acolho (ampliando a força pessoal).
– Sentir-se compreendido, validado nesta nova atmosfera de ausência, auxilia a conexão com a vida.

Dia das mães

No Dia das Mães (14/05), o EcoMemorial, que fica localizado em Marechal Deodoro, promoverá diversas atividades. São elas: culto, missa, palestra espírita e um momento de acolhimento com a psicóloga Carolina Freire, sobre o tema: O direito a sofrer e o autocuidado no luto materno. No momento de acolhimento, que acontecerá após a missa, a profissional estará disponível para conversar ou abordar o tema, através de teorias e da prática como psicoterapeuta no acolhimento de enlutados. Esse é um espaço de liberdade, para quem quer falar, perguntar ou simplesmente ouvir.

Já sobre as celebrações religiosas, acontecerão na seguinte ordem: às 9h, a pastora Jane Vasco, da igreja Renovo, da Ilha de Santa Rita, irá celebrar o culto; às 11h, será a vez da missa presidida pelo padre Aurílio, da Igreja São Pedro Pescador e às 15h, acontecerá a palestra espírita com Lourenço Zé Euzébio, representante da Federação Espírita do estado de Alagoas (FEEAL).

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