Estamos no mês do “Maio Vermelho” – campanha de conscientização sobre o câncer bucal. Popularmente conhecido como câncer de boca, ele é o quinto tipo com maior incidência no mundo e no Brasil ocupa a quinta posição entre os homens e a sétima entre as mulheres. Por isso, com o objetivo de trazer informações sobre a doença, conscientizando a população acerca da importância das medidas de prevenção, a cirurgiã dentista Luedja Araújo, credenciada ao Cartão Saúde São Gabriel, traz, em tópicos, detalhes desta enfermidade.
Causas – Apesar de não ter uma causa específica, alguns fatores do estilo de vida colocam a pessoa em risco de desenvolver o câncer: má higiene bucal e uso de próteses dentárias mal adaptadas; uso de tabaco, uso excessivo de álcool, exposição ao sol sem proteção adequada, excesso de gordura corporal, infecção por papilomavírus humano(HPV); idade e hábitos alimentares aumentam o risco também – a maioria ocorre em pessoas acima dos 40 anos e com dieta pobre de frutas e vegetais.
Sintomas – Lesões ou feridas na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam em período superior a 15 dias, podendo apresentar sangramentos e evolução; dormência, dor ou sensibilidade em qualquer lugar da boca, inclusive a língua; manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas; nódulos no pescoço; dor no ouvido, sem perda de audição; dor de garganta ou rouquidão persistente; dentes amolecidos sem causa odontológica aparente; gânglios cervicais aumentados; perda de peso repentina; perda do paladar; sangramento ou tosse. Em casos mais avançados observa-se: dificuldade de mastigação e deglutição, dificuldade na fala, sensação de algo preso na garganta, dificuldade para movimentar a língua.
Diagnóstico – Geralmente se dá pelo exame clínico (visual), porém a confirmação é feita mediante biópsia. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico e avaliação da extensão do tumor.
Tratamento – Geralmente é cirúrgico. Porém, a avaliação é feita pelo estágio da doença. Casos mais simples normalmente requerem apenas a retirada da lesão e nos casos mais complexos cirurgia e radioterapia complementando o tratamento. A radioterapia e quimioterapia são indicadas quando não é possível fazer a cirurgia ou quando a terapia cirúrgica trará sequelas funcionais severas e complicadas para a reabilitação funcional e qualidade de vida do paciente.
Cura – 80% dos casos possuem cura nos estágios iniciais da doença. O fator cura está intimamente relacionado à extensão da lesão e comprometimento de gânglios, órgãos e tecidos adjacentes.
Prevenção – Escovar os dentes pelo menos 2x ao dia; comer alimentos saudáveis e evitar alimentos processados; não fumar; evitar consumo de bebidas alcoólicas; manter o peso corporal dentro dos padrões de normalidade; usar preservativo durante o sexo, inclusive no oral.