Milhares de manifestantes antigoverno ocuparam os principais cruzamentos em Bangcoc nesse domingo (18), desafiando a proibição de protestos pelo quarto dia com gritos de “abaixo a ditadura” e “reforma da monarquia”.
O primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha, um ex-líder da junta que os manifestantes procuram expulsar, está preocupado com a propagação dos protestos, e o governo quer conversar, disse seu porta-voz.
Os protestos persistiram, apesar da prisão de dezenas de manifestantes e seus líderes, do uso de canhões de água e do fechamento de grande parte do sistema de metrô de Bangcoc, em uma tentativa de reprimir mais de três meses de ação nas ruas.
“Libertem nossos amigos”, gritaram os manifestantes sob a chuva, usando ponchos e guarda-chuvas coloridos. Alguns seguraram fotos de líderes de protestos detidos. Os advogados tailandeses pelos direitos humanos disseram que pelo menos 80 manifestantes foram presos desde 13 de outubro, dos quais 27 ainda estão detidos. A polícia não forneceu um número geral.
O porta-voz de Prayuth disse que o primeiro-ministro temia que os protestos, que se espalharam pelo país de 70 milhões de pessoas, pudessem ser usados por vândalos que buscam instigar a violência.
“O governo quer conversar para encontrar uma saída juntos”, afirmou o porta-voz Anucha Burapachaisri à Reuters. Ele não especificou com quem o governo espera falar.