A exigência por profissionais cada vez mais especializados e com múltiplas competências é uma constante em um mercado de trabalho marcado por frequentes avanços tecnológicos, surgimento de novos cargos e mudança nas relações de trabalho. Entre as diversas variáveis, é difícil escolher em que investir para atualizar o conhecimento e obter sucesso, tanto para quem está começando a carreira quanto aqueles que estão em processo de recolocação. A DNA Outplacement (www.dnaoutplacement.com/br), junto à DNA OPM, empresa do mesmo grupo, indica em estudo o que tem mais peso para o contratante.
O MBA é um dos fatores que proporcionam maior retorno aos brasileiros. Se o curso for feito no próprio país, o incremento mensal no salário pode chegar a 19%; se for nos EUA, chega a atingir 27%. Assim, um Diretor que ganha, em média, R$ 32 mil de salário bruto por mês, por exemplo, passaria a receber cerca de R$ 38 mil, no primeiro caso, e R$ 40,5 mil se estudar fora. “É um investimento com uma ótima taxa de retorno”, afirma Hugo Liguori, Diretor Regional da consultoria no Brasil. A pesquisa ainda apurou que o acréscimo no rendimento para os brasileiros com MBA é maior que em alguns países da América do Sul, como Peru (17%) e Chile (15%).*
Para o currículo dos mais jovens, a pós-graduação também é bastante valorizada por oferecer um conhecimento mais específico ao profissional, segundo Liguori. Já no caso de profissionais que queiram mudar de carreira, o ideal é procurar um curso de especialização, mais rápido e voltado à parte prática, do que investir em uma graduação, que dura no mínimo quatro anos e tem carga teórica muito maior. “Não vale a pena fazer outro bacharelado se já tem curso superior. Ter muitas faculdades no currículo não gera tanto apelo ao mercado quanto algo mais direcionado”, indica.
O domínio de idiomas também é uma vantagem para os profissionais. O estudo da DNA Outplacement aponta que o inglês é o mais requisitado, com incremento de 16%, em média, no salário. Em seguida vêm o espanhol; o alemão – 10% do PIB brasileiro vêm de empresas alemãs –; o francês, já que muitas companhias desta origem se instalam no país; e o mandarim, devido à abrangência dos investimentos chineses. O impacto no rendimento mantém a proporção de 15% a 20%. “Saber mais de uma ou até duas línguas é um atrativo em qualquer momento da carreira, gerando oportunidades diferenciadas ao profissional”, destaca o especialista.
Se o aprendizado do idioma for feito durante uma experiência fora do Brasil, as vantagens aumentam ainda mais. Os intercâmbios estudantis têm valorização e importância – principalmente para quem está entrando no mercado de trabalho. A experiência sinaliza iniciativa, coragem para encarar novos desafios e sair da zona de conforto, além de estimular a socialização com pessoas desconhecidas, o que ensina a lidar com questões interculturais.
Investir em trabalho voluntário também tem grande peso para o profissional, que demonstra empatia e pode ser uma influência positiva em cargos de liderança e gestão de equipe, por exemplo, e reflete ainda mais para aquele que deseja trabalhar em uma empresa com valores fortes e pegada mais social.
Por fim, o tempo de trabalho e cargos também são significativos. Uma longa passagem por uma única companhia é interessante se houve promoções periodicamente, porém a diversificação ajuda o profissional a ter uma visão mais ampla – segundo a DNA, a média é passar por quatro companhias diferentes antes de alcançar uma posição mais alta na carreira.
É fundamental que o profissional faça uma boa análise do mercado, defina seus objetivos a curto, médio e longo prazos e avalie o que já consegue oferecer, para depois investir em determinada habilidade que deseja desenvolver, eventualmente com a ajuda de uma empresa especializada. “Não podemos esquecer que o lado emocional e o psicológico são particularmente relevantes e, às vezes, o suporte nessa área deve ser ainda maior. Por isso, um programa de outplacement pode ajudar, já que engloba tanto esses aspectos quanto os profissionais”, declara Hugo Liguori.
*Valores calculados com base na cotação U$ 1 = R$ 3,75, de 11/10/2018.