Memorial da Justiça lança jogo inclusivo em parceria com a Tangram Cultural

Explorar o patrimônio histórico e cultural de Pernambuco. Esta é a proposta do jogo Guardiães da Justiça 1.0 desenvolvido pelo Memorial da Justiça em parceria com a Tangram Cultural, e lançado em janeiro deste ano. Com versão trilíngue (Português, Inglês e Libras) e inserção de recursos de inclusão e acessibilidade, o jogo pode ser baixado gratuitamente em celulares e tablets Android ou IOS, e atende crianças a partir de 4 anos de idade, além de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), deficiência intelectual, visual ou auditiva.

Os jogadores tornam-se Guardiões da Justiça e têm como ambiente de exploração a estação do Brum, antiga estação ferroviária do Recife, onde funciona o museu do Memorial da Justiça de Pernambuco, órgão do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Os participantes também encontram personagens que apresentam os temas do cangaço, da escravidão e da capoeira – que fazem parte da exposição de longa duração do Memorial “Uma questão de justiça”, além dos temas frevo e uma surpresa.

Confira AQUI vídeo sobre os Guardiões da Justiça.

No ambiente virtual, os jogadores são estimulados de forma lúdica a praticar ações de cidadania e de educação patrimonial, que destacam a importância da preservação do patrimônio. No início do jogo, por exemplo, surge a necessidade de fazer a limpeza da rua em frente ao museu, onde os lixos devem ser colocados de acordo com os coletores seletivos e, na sequência, a criança pode escolher qual das temáticas vai jogar primeiro e avançar as fases conforme os acertos.

 “O jogo Guardiões da Justiça busca incentivar seus jogadores a valorizarem e preservarem seus bens culturais, e seu grande atrativo é sem dúvida favorecer a inclusão de parcela da sociedade que não costuma ser contemplada com tantos recursos de acessibilidade comunicacional, como o uso da audiodescrição, da linguagem de Libras ou de legendas para surdos e ensurdecidos”, destaca o servidor do TJPE e gestor do projeto do Memorial, Carlos Amaral.

Esse projeto tem patrocínio da Funcultura e faz parte de uma tendência onde museus do mundo todo têm buscado se aproximar cada vez mais dos cidadãos, aperfeiçoando a acessibilidade, inclusão e comunicação com seus visitantes. Para garantir esse propósito, a iniciativa do Memorial e da Tangram foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, num processo dividido em várias etapas: produção, design, testagens, revisões e traduções. Outro diferencial foi a participação da ABA Global Education, que disponibilizou infraestrutura tecnológica, além do apoio das equipes acadêmica e de inovação.

Há 21 anos atuando como gestora do Memorial da Justiça, Mônica Pádua percebeu que o público de pessoas com deficiência, em especial as crianças, não tem o hábito de visitar museus. E para estimular essa visitação foi idealizado o projeto Guardiões da Justiça 1.0 em parceria com a Tangram. “Partimos do princípio de que todas as crianças, com deficiência ou não, possam acessar o jogo e brincar, compartilhando conteúdos relacionados ao patrimônio, história social e Justiça. Esperamos que este jogo seja uma ferramenta de fruição das pessoas com deficiência e suas famílias, estimulando-as a visitar o nosso museu”, conclui Mônica de Pádua.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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