Em mais uma demonstração do novo avanço do coronavírus, o Brasil registrou este domingo a maior média móvel de casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Este índice foi de 47.909, 15% acima do que há 14 dias.
Neste domingo, foram notificadas 24.680 novas ocorrências de Covid-19, levando ao total de 7.237.350 desde o início da pandemia. Também houve o registro de 408 novos óbitos; o país, então, chegou a 186.773 mortes pela doença.
Os dados são do consórcio de veículos de imprensa, uma iniciativa formada por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações divulgadas pelas secretarias estaduais de Saúde em um boletim divulgado às 20h. Os governos de Goiás e São Paulo não informaram seus dados. De acordo com a Secretaria de Saúde de São Paulo, houve falhas no sistema do Ministério de Saúde.
A média móvel de óbitos, também medida pelo levantamento, foi de 765, 27% maior do que a registrada 14 dias atrás.
A “média móvel de 7 dias” faz uma média entre o número de mortes do dia e dos seis anteriores. Ela é comparada com média de duas semanas atrás para indicar se há tendência de alta, estabilidade ou queda. O cálculo é um recurso estatístico para conseguir enxergar a tendência dos dados abafando o “ruído” causado pelos finais de semana, quando a notificação de mortes se reduz por escassez de funcionários em plantão.
Especialistas advertem que, considerando o atual cenário, o país poderá chegar a novos recordes de casos e óbitos no início de 2021, após o Natal e o réveillon, e por isso pedem para que autoridades instituam medidas rigorosas de distanciamento social.
Um novo levantamento do Datafolha, divulgado este domingo pela Folha de S.Paulo, indicou que o isolamento social caiu ao menor nível da pandemia , desde que o início dos registros, em abril. Ainda de acordo com a pesquisa, oito em cada dez brasileiros dizem ter pego ou conhecer alguém que já pegou Covid-19.
Enquanto o Brasil segue sem data definida para o começo da vacinação contra a doença — o presidente Jair Bolsonaro, inclusive, disse que ” a pressa não se justifica ” —, o Chile espera iniciar na próxima semana a sua campanha de imunização . Os primeiros contemplados serão os profissionais da saúde.
O governo chileno aguarda uma remessa de 20 mil doses da vacina Pfizer. O número de contágios no país aumentou 22% na última semana.
Foto: Edilson Dantas
Fonte: O Globo