O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), entrou com uma ação civil e outra penal contra o ex-ministro da Educação e ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT). Durante encontro do PDT, em 17 de outubro, quando se filiou ao partido, Cid chamou Temer de “chefe dessa quadrilha que achaca” o país.
“Muito menos o Brasil pode avançar se entregar a Presidência da República ao símbolo do que há de mais fisiológico e podre na política brasileira, que é o PMDB liderado por Michel Temer, chefe dessa quadrilha que achaca e assola o nosso país”, disse o ex-governador no evento.
As duas ações, movidas ainda em outubro, na Justiça Federal do DF, pedem a condenação de Cid por injúria, calúnia e difamação. Em parecer, o Ministério Público no Distrito Federal opina pelo parcial recebimento da queixa-crime proposta por Temer. Segundo o Estadão, o MP manifestou pelo recebimento apenas da denúncia por injúria, quando há uma ofensa à dignidade ou ao decoro de alguém.
Cid Gomes deixou o Ministério da Educação em abril de 2015, menos de quatro meses após ter assumido a pasta. Chamado à Câmara para explicar a declaração de que havia uns “300, 400 achacadores” na Casa, Cid não se desculpou com os deputados e reiterou a acusação. Teve sua demissão anunciada ainda no plenário por Eduardo Cunha.
A ação criminal foi remetida pela 12ª Vara da Justiça Federal no DF, em novembro, para a Justiça Federal do Ceará, estado onde ocorreu a declaração de Cid Gomes. O ex-governador disse que não vai comentar a decisão de Temer de processá-lo.