Congresso em Foco
O Distrito Federal e mais 87 cidades, de todos os estados brasileiros, fizeram neste domingo (13) manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff, informou o G1. Os próprios organizadores reconhecem que os protestos, desta vez, reuniram menos gente do que os outros três realizados neste ano (em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto).
O movimento foi mais forte na cidade de São Paulo, onde o Datafolha estimou em 40,3 mil o número de manifestantes presentes na Avenida Paulista, principal ponto de concentração dos protestos. Políticos da oposição – como os senadores José Serra (PSDB-SP) e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), em São Paulo, e o deputado federal Mendonça Filho (DEM-PE), no Recife – participaram dos atos.
Em Brasília, segundo a Polícia Militar, 6 mil pessoas participaram de manifestação que percorreu a Esplanada dos Ministérios, acompanhada de carros de som. O movimento Vem Pra Rua rejeita o número e sustenta que cerca de 20 mil pessoas passaram neste domingo (13) pela Esplanada para protestar contra o governo.
Além dos bonecos infláveis do ex-presidente Lula (mais conhecidos como pixulecos), a manifestação em Brasília incluiu uma performance, na qual as imagens de Dilma e do PT foram incineradas em um caixão.
Também houve apelos pelo fim da corrupção e pela cassação do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo a polícia, as manifestações na capital federal transcorreram sem incidentes.
Ainda em Brasília, alguns ativistas contra o impeachment – reunidos no movimento denominado Frente Brasil Popular – fez panfletagem na Torre de TV contra a saída de Dilma, mas também contra o ajuste fiscal proposto pelo governo e pela cassação de Eduardo Cunha. O grupo promete fazer uma festa simbólica em frente ao Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (14), em homenagem a Dilma, que vai comemorar 68 anos de idade.
Os líderes dos movimentos pró-impeachment também prometem novas manifestações, e maiores que as de hoje. Segundo eles, os atos deste domingo foram preparados às pressas, em razão da recente decisão de Cunha de dar início ao processo de impeachment, e são o embrião de demonstrações que tendem a ter maior adesão, tanto em número de manifestantes quanto de cidades participantes.