O ministro da Educação, Rossieli Soares, destacou que o Brasil está comprometido com a Agenda 2030, durante palestra que proferiu na tarde desta terça-feira, 11, no Fórum de Parceiros da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), na sede do órgão, em Paris.
“Esta agenda tem importância ímpar para a construção de um forte alicerce para a promoção de uma educação inclusiva, igualitária e baseada nos princípios de direitos humanos e desenvolvimento sustentável”, disse.
A abertura do Fórum de Parceiros da Unesco foi realizada pela diretora-geral do órgão, Audrey Azoulay, que destacou a agenda 2030 como estratégica para a promoção da paz mundial. “Educação e cultura são as condições primordiais para a promoção da paz duradoura no mundo”, destacou.
Lançado em 2015 por representantes dos 193 Estados-membros da ONU, em Nova York, a Agenda 2030 é um plano de ação com 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna para todos, dentro dos limites do planeta.
“A Educação ocupa um lugar primordial na Agenda 2030. Se integram metas sobre educação em vários ODS. O ODS4, ‘Assegurar uma educação inclusiva e equitativa de qualidade e promover oportunidade de aprendizagem ao longo da vida para todos e todas’, é essencial e básico para alcançar todos os ODS”, enfatizou Rossieli.
O Fórum de Parceiros da Unesco busca fortalecer os meios de implementação. O apoio do setor privado, a assistência oficial ao desenvolvimento, os investimentos nacionais, as alianças entre diversos interessados são alguns dos principais meios para o alcance dos ODS.
Rossieli Soares enfatizou que o Brasil vem desenvolvendo diversos projetos de cooperação internacional com a Unesco, cujo modelo tem provado eficiência, eficácia e importância. “A parceria com o Escritório da Unesco no Brasil é fundamental para a consolidação das políticas nacionais e melhoria dos indicadores educacionais”, ressaltou o ministro.
A moderadora do painel foi Hana Mitri Shahin, diretora-executiva da Fundação Rei Hussein, que além do ministro Rossieli Soares contou com os demais painelistas: Anesee Bin Ibrahim, embaixador permanente da Malásia para a Unesco; Charmaine Villet, reitora da Faculdade de Educação da Universidade da Naníbia; Alain Kahasha Ntarhiba, diretor da Airtel Gabão e Carole Guertler, diretora da Fundação Drosos.
Reuniões – Após a palestra, o ministro Rossieli Soares realizou duas reuniões na sede da Unesco. A primeira foi com o diretor-geral de Cultura do órgão, Ernesto Ottone, em que tratou das Medidas Provisórias dos fundos com doações privadas para financiar projetos de interesse público por meio de fundos patrimoniais.
“Essas MP’s serão de grande importância não só para o Museu Nacional e beneficiará outras entidades, permitindo a criação de fundos que apoiem causas ou instituições diferentes. Esse é um desejo das instituições educacionais e culturais do Brasil”, destacou o ministro.
Rossieli Soares ressaltou a importância do escritório do Brasil na Unesco, no processo de reconstrução do Museu Nacional.
O ministro também reuniu-se com a diretora-geral adjunta de Educação da Unesco, Stefania Giannini, ocasião em que reafirmou o compromisso do Ministério da Educação do Brasil com a Agenda 2030.
“O governo brasileiro compartilha com a Unesco a responsabilidade na implementação de todas as atividades da Agenda 2030, alinhando os resultados com as prioridades nacionais e também com as grandes áreas de mandato da Unesco”, disse.