O Ministério Público de São Paulo investiga se a concessionária CCR deu, durante a campanha de 2010, cerca de R$ 5 milhões ao ex-governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, Geraldo Alckmin (PSDB). A investigação é baseada em depoimentos de representantes da empresa aos procuradores paulistas. Alckmin afirma que desconhece a investigação.
Segundo a reportagem do jornal Folha de S. Paulo, os executivos da empresa afirmam que os valores foram entregues a Adhemar Ribeiro, cunhado do tucano. O montante não está na prestação de contas de Alckmin naquele ano. Mesmo em 2010, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia firmado entendimento de que concessionárias de serviços públicos não podiam fazer doações a candidatos.
Segundo evidências reunidas pela promotoria, além de Alckmin, os também tucanos José Serra e Aloysio Nunes teriam recebido doações da empresa, que acumulam pelo menos R$ 23 milhões entre 2009 e 2012.
O nome de Adhemar já apareceu na Lava Jato, em caso que investiga o tucano. O ex-governador e presidenciável é investigado pela suspeita de ter recebido R$ 10,7 milhões da Odebrecht, conforme delação premiada de três executivos do grupo, em 2010 e 2014. Segundo os delatores, parte do dinheiro foi entregue ao empresário Adhemar. Alckmin nega ter recebido qualquer recurso de origem ilícita.