MPPE promove campanha para estimular destinação adequada de equipamentos eletrônicos descartados

Como descartar de forma adequada uma impressora, teclado ou liquidificador que não funciona mais? Para promover uma conscientização ao seu público interno e estimular a destinação adequada desses produtos, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) promoveu na última sexta-feira (10), por meio da Comissão de Gestão Ambiental, uma ação de coleta seletiva de resíduos especiais. Esse tipo de material demanda atenção redobrada, uma vez que muitos equipamentos eletrônicos possuem metais pesados em sua composição, que podem contaminar o solo e os mananciais.

De acordo com Ana Ferraz, servidora do MPPE e integrante da Comissão, a proposta foi apresentar a logística reversa aos membros, servidores, terceirizados e estagiários da Instituição, em alinhamento ao trabalho que está sendo implementado para dar a destinação adequada aos bens inservíveis do MPPE que se encaixam nas categorias de resíduos especiais eletrônicos. 

“Montamos hoje (10) um ponto de recebimento de equipamentos. Esse material foi recebido e será levado pelo Centro de Recondicionamento de Computadores do Recife (CRC Recife). Em complemento a esse material, no mês de junho foram separados cerca de 300 itens considerados inservíveis para o MPPE, como material de informática e aparelhos de ar condicionado, que serão encaminhados ao CRC”, ressaltou Ana Ferraz.

O trabalho da Comissão de Gestão Ambiental visa assegurar que a Instituição cumpra sua obrigação de dar a destinação ambientalmente adequada aos equipamentos, considerando que esses itens podem ser recondicionados e doados ou, em caso de não terem mais uso, ser desmontados para o uso de peças ou destinação a empresas que fazem a reciclagem. A previsão é de que o MPPE siga destinando periodicamente, para doação ou descarte adequado, os eletrônicos considerados inservíveis.

O diretor executivo do CRC Recife, Sávio França, explicou que os itens recebidos passam por um processo completo de triagem, a fim de determinar a melhor destinação social ou ambiental para cada um.

“Primeiro, nós fazemos um teste para ver se o equipamento está ligando; se ele ainda funciona ou se pode voltar a funcionar com um reparo, nós consertamos e repassamos o item para associações comunitárias, ONGs, onde ele terá uma segunda vida. Se não for possível reutilizar o item, ele pode servir como material de estudo para o nosso trabalho social, que são turmas de formação que o CRC Recife disponibiliza para jovens, uma vez que é possível segregar peças que continuam operacionais para fins educativos. E no caso do que é resíduo, fazemos a separação e remetemos esse material para as empresas que vão reinserir material como plástico, metais, vidro na cadeia produtiva. Com esse trabalho, é possível reduzir em mais de 90% o volume de resíduos que são efetivamente descartados em aterros sanitários”, detalhou.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.

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