O Ministério Público do Trabalho (MPT) em Pernambuco, realizou, na última quinta-feira (06), audiência de mediação para tratar do desligamento de 230 empregados públicos idosos da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). A mediação, promovida pela procuradora do Trabalho Débora Tito, contou com a presença de representantes do Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE) e da Compesa.
De acordo com o Sindurb-PE, que solicitou a mediação, as demissões aconteceram de forma inesperada e têm cunho discriminatório, por reunir apenas idosos na dispensa. A Compesa defende que o déficit financeiro da companhia é de, aproximadamente, R$ 30 milhões, e que as demissões são a única forma de diminuir esse número. O impacto dos desligamentos é de R$ 7 milhões, segundo a própria companhia de saneamento.
O MPT em Pernambuco estabeleceu um prazo para a Compesa apresentar informações sobre a viabilidade de suspender as demissões em andamento ou novas propostas mais atrativas aos empregados. Uma nova rodada de mediação acontece nesta terça-feira (11). “A vida de 230 trabalhadores está em jogo. Por isso, é preciso avaliar com cautela a situação. O desligamento deve ser a última opção”, concluiu a procuradora do Trabalho.