Mulheres comemoram 8 de março ampliando espaços no mercado de trabalho do Vale do São Francisco

Ocupando espaços onde, historicamente, as atividades eram realizadas por pessoas do sexo masculino, as mulheres vêm ampliando, cada vez mais, a presença no mercado de trabalho do Vale do São Francisco. Na Agrovale, empresa sucroenergética, que fica em Juazeiro-BA, três representantes da equipe feminina estão chamando a atenção em diversas frentes de atuação.

Gerente de Manutenção da empresa, a paulista de 32 anos, formada em Engenharia de Produção, Anne Caroline, lidera uma equipe de 190 colaboradores, a exemplo de mecânicos, soldadores, caldeireiros, eletricistas, borracheiros e motoristas. “Estou gostando bastante e já consigo enxergar daqui três, quatro anos aonde a gente vai chegar. Nosso principal objetivo é ser referência nessa área de manutenção agrícola não só no Brasil, mas no setor sucroenergético internacional”, adiantou a profissional, que adora mudanças e é a primeira mulher a ocupar esta função na Agrovale.

Jordana Gonçalves é outra representante da equipe, onde as diferenças não estão no gênero, mas nas competências e habilidades. Primeira mulher na empresa a operar uma máquina colhedora, esta baiana de Juazeiro, de 30 anos, casada, mãe de uma filha, começou em abril de 2024, como auxiliar de líder agrícola no corte de cana manual. Depois de quatro meses e um treinamento intensivo, Jordana recebeu a classificação como operadora da máquina mais complexa da empresa, que chega a pesar cerca de 36 toneladas e colher de 600 a 1.000 toneladas de cana-de-açúcar por dia.

Afirmando que com esforço e determinação dá para conciliar os papéis de profissional e mãe, ela reforça a bandeira feminina de que o lugar de mulher é onde ela quiser. “A melhor maneira para lidar com o machismo e o preconceito, em um ambiente, majoritariamente masculino, é cultivar um propósito profissional e ser referência no que faz”, receitou.

Conhecidas como as profissionais que mais gostam de trabalhar em grupos, que mais observam os detalhes com sensibilidade e afetividade, as mulheres, em seu empoderamento feminino, também são imprescindíveis no cenário da qualidade. A técnica de Qualidade, Brenda Santos Souza, está na empresa há 10 meses, depois de experiências exitosas por duas empresas agrícolas da região. Vinda de Casa Nova -BA, ela auxilia os operadores de máquina, verifica os pacotes e fardos de açúcar e faz os registros e relatórios de qualidade da produção. Tudo com o cuidado, a atenção e a responsabilidade do único olhar feminino do departamento no seu turno.

No próximo dia 08 de março, quando o mundo inteiro estará comemorando o Dia Internacional da Mulher, Anne Caroline, Jordana Gonçalves, Brenda Santos e toda a equipe feminina da Agrovale, também estarão celebrando as conquistas no mercado de trabalho, reconhecendo os desafios e a importância da mão de obra feminina no Vale do São Francisco.

Responsável pelas ações inovadoras ligadas à contratação, formação e promoção de mulheres na empresa, o gerente de Gente e Gestão da Agrovale, Joaquim De‘Carli, ressaltou que a presença feminina vem mudando, para melhor, o perfil da Agrovale. “Estamos numa empresa inclusiva e igualitária, onde elas estão presentes em todos os níveis – da superintendência à operação – ocupando cargos estratégicos na gerência, liderança e no dia a dia do campo e da indústria. Cada uma delas contribui de forma essencial para a construção da Agrovale, impulsionando a inovação, a excelência e o alcance de resultados históricos. O comprometimento e a determinação dessas profissionais são pilares fundamentais para o crescimento sustentável da empresa. Parabéns a todas as mulheres que transformam desafios em conquistas! ”, concluiu.

Natural do Rio de Janeiro, é jornalista formado pela Favip. Desde 1990 é repórter do Jornal VANGUARDA, onde atua na editoria de política. Já foi correspondente do Jornal do Commercio, Jornal do Brasil, Folha de S. Paulo e Portal Terra.